Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
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Anexo 4<br />
<strong>Um</strong>a Política Energética Nacional*<br />
É, porém no terceiro critério que o esforço de desagregação deve ser mais<br />
importante. Com efeito, um dos objetivos do estudo é determinar a melhor<br />
contribuição possível das formas locais de energia. Estas são freqüentemente de<br />
pior qualidade termodinâmica e, portanto menos polivalentes que as formas<br />
clássicas de energia, sendo, portanto necessário estimar seu potencial de<br />
penetração nos usos de qualidade correspondente. As etapas metodológicas de<br />
construção de balanços, inicialmente a nível regional e depois estadual, são <strong>para</strong><br />
permitir este ajustamento. Elas consistem, num primeiro momento, em projetar a<br />
demanda de energia dividida segundo as formas de energia, os setores econômicos<br />
e os usos, e em seguida analisar e verificar quais das categorias de oferta são<br />
viáveis em função dos critérios procedentes e considerando prioritariamente a<br />
ligação de certas formas de energia a certos usos.<br />
b) AS CATEGORIAS DE DEMANDA<br />
A demanda é avaliada segundo cinco grandes setores: residencial, terciário,<br />
indústria, transporte, agricultura. Em relação à indústria é importante uma subdivisão<br />
maior que permita, no mínimo, distinguir o setor Alimentos e Bebidas<br />
(Agroindústria) e talvez grandes consumidores de energia. Distinguirá-se três tipos<br />
de usos, eventualmente sub-divididos, que são: calor, força motriz e usos<br />
específicos de eletricidade.<br />
A demanda de energia pode em certos setores ser avaliada em energia útil<br />
<strong>para</strong> alguns dos usos. Esta distinção energia útil-energia final permite, de um lado,<br />
distinguir melhor a posição das energias não convencionais cujas condições de<br />
adequação são mais restritivas e cuja contribuição se define mais facilmente em<br />
energia útil, equivalente a certa quantidade de energia final de acordo com certas<br />
convenções, por outro lado, coloca em evidência a importância dos rendimentos de<br />
utilização no consumo de energia.<br />
Estes rendimentos de utilização variam, <strong>para</strong> um uso dado, segundo as<br />
formas de energia utilizadas. Na medida que estas formas de energia podem ser<br />
substituíveis em certos usos a demanda de energia é condicionada pela estrutura<br />
da oferta.<br />
A tabela A.4.3, a seguir resume as principais categorias de uso pelos<br />
principais setores em função das grandes categorias físicas de oferta: combustíveis,<br />
carburantes, eletricidade e energia “novas”.<br />
Residencial<br />
Terciário<br />
Tabela A.4.3 - Categorias de uso da energia por setor<br />
Combustíveis Carburantes Eletricidade Energia “novas”<br />
Uso do calor: cocção;<br />
água quente<br />
Uso do calor: cocção;<br />
água quente;<br />
Eletricidade específica<br />
Uso do calor; eletricidade<br />
específica<br />
Uso do calor:<br />
cocção; água<br />
quente<br />
Uso do calor<br />
<strong>Setor</strong>es<br />
industriais<br />
Transporte Força motriz Força motriz Força motriz<br />
c) AS CATEGORIAS DE OFERTA<br />
As categorias físicas de oferta reagrupam as formas de energia segundo<br />
suas características termodinâmicas e suas restrições de utilização face os<br />
diferentes tipos de uso: Estas distinções permitem verificar as condições de<br />
adequação termodinâmica entre a oferta e a demanda.<br />
A.4.5