Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Anexo 4<br />
<strong>Um</strong>a Política Energética Nacional*<br />
transporte de passageiros; gás natural/ (hidráulica na produção de eletricidade).<br />
• As partes do sistema energético nas quais as evoluções das previsões ou as mudanças a introduzir<br />
são decisivas e necessitam de medidas específicas de política energética (índices de desempenho<br />
mínimo <strong>para</strong> equipamentos de uso final, universalização do uso da eletricidade, utilização de<br />
energias renováveis, modificação no modo de transporte de mercadorias ou pessoas...)<br />
D) Discussão com os principais atores e harmonização dos resultados.<br />
• Discussões e debates sobre os resultados (grupo de experts, técnicos da administração federal e<br />
agências reguladoras, empresas de energia, representantes de forças econômicas e sociais, grupos<br />
de consumidores...)<br />
• Negociações e acerto de eventuais dúvidas e conflitos em relação à demanda e sobre as medidas<br />
necessárias <strong>para</strong> torna-la factível.<br />
• Modificações nos níveis de demanda, revisão das medidas necessárias, mudança de orientações ou<br />
estratégias iniciais, definição de novos objetivos, nova versão dos cenários...<br />
• Nova previsão da demanda e, se necessário, nova fase de harmonização.<br />
• Apresentação e debate dos resultados iniciais com membros do CNPE e, se necessário, nova<br />
harmonização até uma aprovação preliminar.<br />
E) Programação de oferta pelo setor energético.<br />
• Divulgação <strong>para</strong> os agentes/empresas do setor energético das necessidades da oferta a médio e<br />
longo prazo, tendo em conta as orientações gerais econômicas e energéticas, as previsões da<br />
demanda, os equipamentos de produção em construção (usinas, refinarias, linhas...) ou aqueles já<br />
decididos com reais garantias de sua execução.<br />
• Aplicação de modelos ligados à oferta e outros métodos específicos dos agentes/empresas do setor<br />
<strong>para</strong> obter parâmetros técnicos da produção, transporte e distribuição da energia.<br />
• Programas de investimentos, previsões de importação/exportação, política de preços e regras<br />
tarifárias.<br />
• Planos de financiamento e previsões de receitas/despesas.<br />
F) Análise da coerência dos programas de oferta das empresas energéticas.<br />
• Coerência interna em relação às orientações gerais, as previsões da demanda e as possibilidades da<br />
oferta.<br />
• Coerência externa do setor energético em seu todo em relação aos grandes agregados econômicos<br />
e financeiros nacionais.<br />
• Harmonização das políticas de preço e tarifas e adequação aos objetivos sociais e econômicos.<br />
• Revisão das etapas D e E se incoerências ou impossibilidades aparecem (questões técnicas, parcela<br />
de investimentos muito grande em relação aos investimentos em outros setores, dificuldades de<br />
financiamento...)<br />
• Apresentação e debate dos resultados com membros do CNPE e, se necessário, nova revisão das<br />
etapas D e E, até a aprovação final.<br />
A.4.2. ENERGIA E REGIÕES<br />
Como na maior parte dos países do mundo, as prefeituras tiveram um papel<br />
importante, no fim do século XIX e começo do século XX, na criação e<br />
desenvolvimento das redes de gás e eletricidade. Pouco a pouco este papel foi<br />
perdendo sua importância e hoje são raros os municípios que continuaram dirigindo<br />
diretamente seu suprimento de energia.<br />
No entanto, porque voltamos a discutir a questão das energias<br />
descentralizadas e regionais? Independentemente de algumas modificações<br />
institucionais da nova constituição certos fatores aparecem:<br />
• Fatores sociais ligados ao forte desenvolvimento de aspirações novas do<br />
movimento ecológico, obrigaram as grandes empresas energéticas a<br />
procurar o apoio ou ao menos a neutralidade, das prefeituras e regiões<br />
atingidas pela implantação dos grandes equipamentos energéticos. Em<br />
contrapartida, o movimento ecológico começa a manifestar seu interesse<br />
pelos problemas energéticos, notadamente apontando <strong>para</strong> certas<br />
alternativas menores e regionais de pequeno impacto no meio ambiente<br />
A.4.2