Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
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EVOLUÇÃO DAS TARIFAS DE ELETRICIDADE<br />
47,2%<br />
Fornecimento<br />
Suprimento<br />
38,9%<br />
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000<br />
Figura 3 – Evolução das tarifas de eletricidade – suprimento e fornecimento –<br />
Brasil – 1994 a 2000.<br />
Fonte: CCPE/CTEM/Eletrobrás – Tarifas Médias do Mercado de Energia Elétrica.<br />
O “seguro-apagão” (Anexo 1), cerca de R$6 a 7 bilhões, o repasse das<br />
compensações outorgadas a distribuidoras e geradoras por supostos prejuízos<br />
decorrentes da redução de consumo causada pelo racionamento, e a renda<br />
decorrente dos aumentos acima da inflação, resultaram em ganhos<br />
consideráveis. <strong>Um</strong> ônus pesado, a considerar que o usuário foi punido pela<br />
restrição do consumo, e por pagar pela energia não consumida o triplo de seu<br />
preço normal.<br />
Embora <strong>para</strong> seus idealizadores as causas da escassez de energia<br />
enfrentada pelo país tenham-se devido à inconclusa implementação do<br />
modelo vigente, dada a permanência de grande parte da geração sob gestão<br />
estatal, ou a causas naturais, como a estiagem, a falta de investimentos em<br />
geração e transmissão de energia elétrica foi o motivo real. No período 1991-<br />
2000 a demanda de energia cresceu em média 4,1% ao ano, enquanto a<br />
oferta cresceu apenas 3,3% (figura 4). A defasagem entre oferta e<br />
demanda se acentuou a partir de 1995, superando os 10% acumulados na<br />
década. A questão é clara: faltou expansão. A capacidade total de<br />
reservação se expandiu abaixo do necessário, devido à falta de<br />
investimento em produção de energia (usinas). Por um lado, as empresas<br />
estatais foram impedidas de investir, como parte do cumprimento dos acordos<br />
do país com o FMI, por outro, o capital privado que aqui aportou investiu<br />
preferencialmente, com a anuência do governo, em capacidade existente,<br />
agregando pouquíssima nova capacidade ao sistema<br />
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