Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
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assegurada, <strong>para</strong> serem considerados a partir do ano de 2003, de<br />
todas as demais usinas hidroelétricas participantes do Sistema<br />
<strong>Elétrico</strong> <strong>Brasileiro</strong>, à exceção de ITAIPU. Como ela participa do<br />
MRE, o novo valor serviria de lastro <strong>para</strong> a contratação das<br />
empresas distribuidoras. Para o cálculo desses novos valores de<br />
energia assegurada foi utilizada a representação completa do<br />
sistema brasileiro, incluindo ITAIPU, empregando a base de dados<br />
disponibilizada pelo ONS que foi utilizada no cálculo das Energias<br />
Asseguradas <strong>para</strong> o período após 2002 e que se encontram na<br />
Resolução 453/98, de 30 de dezembro de 1998. O valor obtido<br />
<strong>para</strong> essa usina foi de 7685 MW médios, bem abaixo dos 8.612<br />
MW médios utilizados nos Contratos Iniciais. Isto representaria um<br />
acréscimo contratual, e respectiva diminuição de sobras, de 927<br />
MW médios. Esta medida implica em reavaliar as tarifas que serão<br />
praticadas por ITAIPU ao longo de 2003;<br />
Outra proposta implicaria no estabelecimento de um patamar<br />
mínimo de preço a ser praticado no âmbito do MAE, dado que<br />
pelas regras as sobras de energia seriam liquidadas neste<br />
mercado: apesar da razoabilidade desta proposta ela trás uma<br />
série de implicações <strong>para</strong> todos os Agentes de Mercado. Como a<br />
energia alocada seria inferior à energia assegurada de cada<br />
empresa geradora, devido ao mercado reduzido, haveria uma<br />
realocação do montante financeiro circulante entre as empresas.<br />
Portanto esta redistribuição implicaria em ganhos e perdas <strong>para</strong> os<br />
diferentes agentes que varia em função do preço mínimo<br />
estabelecido. Estima-se que geradoras sem contratos obteriam<br />
ganhos expressivos, ao contrário daquelas contratadas no limite<br />
de sua assegurada. Como os efeitos são de difícil mensuração,<br />
sugere-se que o próprio MAE execute todas as simulações<br />
necessárias <strong>para</strong> que se possa avaliar o conjunto das empresas.<br />
O conjunto destas medidas permitiria reduzir as sobras das estatais,<br />
federais e estaduais, de 5.707 MW médios (incluindo Tucuruí II) <strong>para</strong> 3.122<br />
MW médios.<br />
2.5.3. O POOL, AS SOBRAS DE ENERGIA ASSEGURADA E AS TERMOELÉTRICAS<br />
Além dos problemas gerados pela energia assegurada excedente, há<br />
a questão das plantas termoelétricas, em sociedade ou integrais da<br />
PETROBRÁS, cuja expectativa de operação com retorno aos<br />
empreendedores é muito difícil no curto prazo. Os motivos deste problema<br />
são por demais conhecidos, e a abordagem neste item é demonstrar que a<br />
implantação do “pool” tal como está proposto, além de resolver o problema<br />
das sobras da energia assegurada, permite o retorno financeiro necessário<br />
dos investimentos já realizados ou a serem efetuados pela PETROBRÁS.<br />
Foram realizadas várias simulações com as seguintes premissas de<br />
aquisição das sobras pelo “pool” objetivando o aumento da confiabilidade do<br />
sistema elétrico:<br />
hidroelétricas:<br />
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