Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
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Anexo 2<br />
A relevância dos modelos de otimização e simulação<br />
do sistema hidrelétrico brasileiro*<br />
A.12.3.1. CURVA COTA X VAZÃO DO CANAL DE FUGA DAS USINAS:<br />
O setor tem negligenciado no acompanhamento de leituras de nível do canal<br />
de fuga nas usinas. Usualmente esse dado não é coletado juntamente com as<br />
demais leituras ou com a periodicidade horária.<br />
A figura A.12.3 apresenta a aferição da curva de projeto (azul claro) com<br />
leituras do nível do canal de fuga <strong>para</strong> ampla faixa de vazões defluentes, com<br />
polinômio ajustado (vermelho). Os erros chegam a superar dois metros que<br />
corresponde a erros na potência gerada acima de 10%.<br />
CURVA COTA X VAZÃO DO CANAL DE FUGA DE TAQUARUÇU<br />
PERÍODO 1993 /2000<br />
267,00<br />
266,00<br />
N<br />
í 265,00<br />
v<br />
e 264,00<br />
l<br />
263,00<br />
F<br />
d<br />
u<br />
o 262,00<br />
g<br />
a<br />
C 261,00<br />
a<br />
m<br />
n 260,00<br />
a<br />
l 259,00<br />
d<br />
e<br />
258,00<br />
257,00<br />
y = -1,88499E-08x 2 + 7,66800E-04x + 2,58047E+02<br />
R 2 = 9,86810E-01<br />
Curva de<br />
Projeto<br />
256,00<br />
256,00<br />
0 3000 6000 9000 12000 15000<br />
Vazão Defluente (m3/s)<br />
Curva<br />
Observada<br />
Figura A.12.3 – Curva cota x vazão do canal de Taquaruçu<br />
A consideração de um nível médio do canal de fuga em substituição ao nível<br />
variável com a defluência causa sérios prejuízos aos resultados dos modelos. Essa<br />
simplificação na representação das usinas é severa no caso das usinas fio d’água,<br />
onde a perda de queda deve-se ao afogamento do canal de fuga com as altas<br />
defluências do período úmido.<br />
A.12.3.2. CURVA DE ENGOLIMENTO MÁXIMO EM FUNÇÃO DA QUEDA BRUTA<br />
O circuito hidráulico de uma usina funciona como um tubo curto, com a<br />
vazão turbinada controlada pela abertura do distribuidor. A figura A.12.4 mostra as<br />
curvas de vazão e potência máximas em função da queda bruta. Observando-se as<br />
curvas da esquerda <strong>para</strong> a direita, com o distribuidor totalmente aberto a vazão<br />
máxima que passa pela turbina é crescente com a queda bruta (curva azul)<br />
acarretando uma potência crescente com a queda bruta (curva vermelha). Quando<br />
essa potência da turbina atinge o limite do gerador e demais componentes elétricos<br />
é necessário fechar parcialmente o distribuidor <strong>para</strong> impedir danos ao gerador.<br />
Dessa forma, a partir de uma certa queda, usualmente chamada de queda efetiva,<br />
mantém-se a potência constante com o fechamento progressivo do distribuidor,<br />
acarretando a redução acentuada na vazão turbinada.<br />
Alguns modelos utilizam o engolimento máximo constante (curva azul<br />
tracejada) acarretando erros sensíveis com a variação da queda. As setas indicam<br />
esses erros que podem superar 10% <strong>para</strong> variação extrema da queda.<br />
267,00<br />
266,00<br />
265,00<br />
264,00<br />
263,00<br />
262,00<br />
261,00<br />
260,00<br />
259,00<br />
258,00<br />
257,00<br />
A.2.4