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Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro

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possivelmente até na expectativa de se aproveitar das oportunidades de<br />

negócios que tal condição proporcionaria 5 .<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

Em %<br />

1991 jan<br />

jul<br />

Nível dos Reservatórios da Região Sudeste<br />

"O Sudeste representa 68% da<br />

capacidade de armazenamento<br />

de água do Brasil"<br />

1992 jan<br />

jul<br />

1993 jan<br />

jul<br />

1994 jan<br />

jul<br />

1995 jan<br />

jul<br />

Figura 5 – Nível dos reservatórios do Sudeste – 1991 a 2002.<br />

Fonte: Operador Nacional do Sistema (ONS) / Deck NEWAVE<br />

1996 jan<br />

jul<br />

O mesmo descompasso ocorreu com a transmissão, como ficou<br />

evidente nos blackouts de 1999 e 2002. No fim de 2000 e início de 2001, a<br />

água vertida em excesso (que deixa o reservatório da usina sem gerar<br />

energia) em Itaipu poderia ter aliviado a crise, pois teria possibilitado uma<br />

economia nos demais reservatórios do Sudeste. A falta da 3ª linha de Itaipu<br />

inviabilizou esta solução. A energia importada da Argentina, 1 GW, também<br />

não foi utilizada como poderia, por falta de capacidade de transporte<br />

(transmissão) de eletricidade do Sul ao Sudeste.<br />

Após seis anos de postergação dos investimentos em nova<br />

capacidade de geração e transmissão, a situação de crise e ameaça de<br />

racionamento se concretizaram, no início de 2001. Devido às características<br />

intrínsecas ao modelo e à condução das reformas, o setor energético voltou<br />

a ser, 50 anos depois, um importante gargalo ao crescimento do país. Para<br />

a sociedade, a energia mais cara é aquela indisponível, o déficit. Mais do<br />

que chuva, faltou política e ação <strong>para</strong> fazer cumprir a legislação, pelos<br />

agentes públicos e privados, na área de energia, no Brasil, deflagrando uma<br />

crise anunciada 6 .<br />

Há sete anos não há regulamentação estável e indefinições<br />

fundamentais persistem. A alteração do regime tarifário de custo do<br />

serviço <strong>para</strong> preço-teto incentivado, com reajustes e revisões<br />

periódicos, divisão da tarifa em parcelas de custos administráveis (A) e<br />

de custos não administráveis (B), e aplicação do fator X, através do<br />

qual se repassariam à sociedade os ganhos de produtividade apropriados<br />

5 Para detalhes, ver: Sauer et al. O Racionamento de energia elétrica decretado em 2001: estudo das causas e<br />

responsabilidades e análise das irregularidades e dos inícios de improbidade na compra de energia<br />

emergencial e nas compensações às concessionárias. Relatório técnico. São Paulo, 2001.<br />

6 Para detalhes, ver: Sauer, I.L. Colapso energético no Brasil e alternativas futuras. In: BRASIL. Câmara dos<br />

Deputados. Colapso energético no Brasil e alternativas futuras. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de<br />

publicações, 2001. Seminário realizado no dia 14 de junho de 2000, pelas comissões de Minas e Energia e de Defesa<br />

do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias.<br />

7<br />

1997 jan<br />

jul<br />

1998 jan<br />

jul<br />

1999 jan<br />

jul<br />

2000 jan<br />

jul<br />

2001 jan<br />

jul<br />

2002 jan

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