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Dissertação Eliane Costa - Sistema de Bibliotecas da FGV ...

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<strong>de</strong> produção audiovisual – conectado à internet e utilizando software livre. Esses<br />

recursos têm como objetivos conferir ao Ponto autonomia para produzir e editar ví<strong>de</strong>os<br />

e CDs, criar uma página na internet ou uma rádio, fazer circular a produção cultural do<br />

Ponto, incentivar uma cultura <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, calca<strong>da</strong>s em práticas <strong>de</strong> colaboração e<br />

articulação, e viabilizar alternativas <strong>de</strong> autossustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Além disso, cabia ao Ministério o “letramento digital e midiático” <strong>da</strong>s pessoas<br />

envolvi<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> Ponto <strong>de</strong> Cultura, o que foi <strong>de</strong>senvolvido por meio <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 40<br />

Encontros <strong>de</strong> Conhecimentos Livres, <strong>de</strong> 2005 a 2007 (Fernan<strong>de</strong>s, 2010). Os Pontos <strong>de</strong><br />

Cultura tinham, portanto, a missão <strong>de</strong> atuar em sintonia com o conceito <strong>de</strong> cultura em<br />

três dimensões – simbólica, ci<strong>da</strong>dã, e econômica – proposto pelo Ministério na gestão<br />

que teve início em 2003, assunto já abor<strong>da</strong>do no capítulo um.<br />

A presença dos recursos digitais multimídia nos Pontos se relacionava com a<br />

disposição do MinC <strong>de</strong> estimular, nacionalmente, a criação <strong>de</strong> polos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

conteúdos digitais, como <strong>de</strong>clara Alfredo Manevy, Secretário <strong>de</strong> Políticas Públicas do<br />

MinC:<br />

No contexto <strong>da</strong> globalização, a produção <strong>de</strong> conteúdo tem que ser<br />

pensa<strong>da</strong> <strong>de</strong> maneira mais estratégica, com políticas, como inserção, porque<br />

está em jogo um reposicionamento político e também cultural do mundo, e o<br />

Brasil não po<strong>de</strong> ser inocente <strong>de</strong> comprar a i<strong>de</strong>ia, que sempre nos ron<strong>da</strong>, <strong>de</strong><br />

que a nossa força cultural, a nossa criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, vai permitir que nos<br />

coloquemos em posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque inercialmente. [...] Então é preciso que a<br />

nossa riqueza simbólica se traduza numa riqueza <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong><br />

nossa infraestrutura cultural, <strong>da</strong> nossa mão <strong>de</strong> obra, do acesso à universi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

do acesso dos talentos à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir. (Manevy, A., 2009).<br />

O primeiro edital <strong>de</strong> Pontos <strong>de</strong> Cultura foi lançado <strong>de</strong>z dias após a criação do<br />

Programa Cultura Viva. Recebeu 860 inscrições oriun<strong>da</strong>s <strong>de</strong> todos os estados do país,<br />

propondo as mais diversas soluções para a utilização dos recursos. Foram contempla<strong>da</strong>s<br />

210 iniciativas, como <strong>de</strong>screve Turino:<br />

Orquestra <strong>de</strong> violinos na Mangueira, ví<strong>de</strong>o nas al<strong>de</strong>ias, circo no lixão <strong>de</strong><br />

Maceió, <strong>da</strong>nça <strong>de</strong> rua interagindo com <strong>da</strong>nça contemporânea em Ribeirão<br />

Preto, rádio e biblioteca comunitárias em Heliópolis, Anima bonecos no Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul, cultura digital em Santarém... Tudo muito novo. [...] Como<br />

fizemos para chegar a uma re<strong>de</strong> tão diversa e complementar? Primeiro, a<br />

comparação entre propostas do mesmo estado, assim evitávamos o privilégio<br />

para estados com mais tradição na formulação <strong>de</strong> projetos e recebimento <strong>de</strong><br />

recursos. Para tanto, foi cria<strong>da</strong> uma equação composta por <strong>da</strong>dos sobre<br />

população, IDH e propostas envia<strong>da</strong>s; após a combinação <strong>de</strong>sses <strong>da</strong>dos é<br />

<strong>de</strong>finido um índice que leva à proporcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Pontos para ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong> fe<strong>de</strong>ração. Na sequência, uma seleção por linguagens artísticas, temas.<br />

Depois, o recorte por públicos. Pontos <strong>de</strong> Cultura com ênfase em juventu<strong>de</strong><br />

há em todos os estados, mas nem todos os estados enviam propostas para<br />

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