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Dissertação Eliane Costa - Sistema de Bibliotecas da FGV ...

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por to<strong>da</strong>s as regiões do país, a maioria em pequenos municípios ou nas periferias <strong>da</strong>s<br />

gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Diante <strong>da</strong>s novas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s trazi<strong>da</strong>s pela tecnologia, o ministro<br />

<strong>de</strong>clarava que as produções locais po<strong>de</strong>riam ser globais o tempo todo:<br />

É tudo duas mãos. É globalização e localização. Local é palavra. Quanto<br />

mais cresce a globalização, cresce a dimensão local, que fica mais abasteci<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> novos meios e técnicas <strong>de</strong> comunicação. Então, o local po<strong>de</strong> aparecer<br />

fortemente com o global. 113<br />

Gil relacionava os objetivos <strong>da</strong> emergente política pública para a cultura digital,<br />

representa<strong>da</strong> pelos Pontos <strong>de</strong> Cultura, com o <strong>de</strong>safio <strong>da</strong> promoção <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

cultural, e <strong>da</strong> valorização <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s a partir <strong>da</strong>s diferenças locais:<br />

Não po<strong>de</strong>mos privar as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais, tradicionais ou não, bem<br />

como os artistas e produtores culturais, <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> migração <strong>de</strong> sua<br />

produção simbólica para o interior <strong>da</strong> re<strong>de</strong>, para o ciberespaço. Para<br />

assegurar que a expressão <strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ias e manifestações artísticas possam ganhar<br />

formatos digitais e, também, para garantir que os grupos e indivíduos possam<br />

criar, inovar e re-criar peças e obras a partir do próprio ciberespaço, são<br />

necessárias ações públicas <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> acesso universal à re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong><br />

computadores. Sem inclusão digital <strong>de</strong> todos os segmentos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, a<br />

cibercultura não estará contemplando plenamente a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> visões, <strong>de</strong><br />

expressões, <strong>de</strong> comportamentos e perspectivas. [...] A cultura <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

digital é amplia<strong>da</strong> pelas práticas <strong>de</strong> compartilhamento <strong>de</strong> conhecimento, <strong>de</strong><br />

tecnologias abertas, <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> telecentros, <strong>de</strong> oficinas <strong>de</strong><br />

metareciclagem, <strong>de</strong> Pontos <strong>de</strong> Cultura. Essas iniciativas precisam ser<br />

amplifica<strong>da</strong>s, uma vez que executam o princípio do acesso equitativo<br />

presente na Declaração <strong>da</strong> UNESCO: “O acesso equitativo a uma rica e<br />

diversifica<strong>da</strong> gama <strong>de</strong> expressões culturais provenientes <strong>de</strong> todo o mundo e o<br />

acesso <strong>da</strong>s culturas aos meios <strong>de</strong> expressão e <strong>de</strong> difusão constituem<br />

importantes elementos para a valorização <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural e o<br />

incentivo ao entendimento mútuo”. 114<br />

Gil associa a cultura digital, ain<strong>da</strong>, à regurgitação antropofágica dos<br />

mo<strong>de</strong>rnistas. Nas combinações e remixagens do mundo digital, i<strong>de</strong>ntifica a<br />

concretização <strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ias tropicalistas: “São tempos irremediavelmente tropicalistas,<br />

porque o Tropicalismo era a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> operar com fragmentos, o que hoje é a<br />

linguagem corrente.” 115<br />

113 O estado <strong>de</strong> S. Paulo, em 22/06/05.<br />

114 Palestra no Seminário SESC, 30/11/2006. Disponível em<br />

(http://www.gilbertogil.com.br/sec_texto.php?id=195&page=1). Acesso em 09/09/2010.<br />

115 Disponível em (http://www.observatorio<strong>da</strong>imprensa.com.br/artigos.asp?cod=485ASP014). Acesso em<br />

28/11/10.<br />

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