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Dissertação Eliane Costa - Sistema de Bibliotecas da FGV ...

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Existe uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma cultura compartilha<strong>da</strong>, <strong>de</strong> programadores<br />

e pensadores, cuja história remonta aos primeiros experimentos <strong>de</strong><br />

minicomputadores. Os membros <strong>de</strong>ssa cultura <strong>de</strong>ram origem ao termo<br />

hacker. Hackers construíram a internet. Hackers i<strong>de</strong>alizaram e fazem a World<br />

Wi<strong>de</strong> Web. A mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> hacker não é confina<strong>da</strong> a esta cultura do hacker<strong>de</strong>-software.<br />

Há pessoas que aplicam a atitu<strong>de</strong> hacker em outras coisas, como<br />

eletrônica, música e nas ciências humanas. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>-se encontrá-la<br />

nos níveis mais altos <strong>de</strong> qualquer ciência ou arte. [...] A natureza hacker é<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> mídia em que o hacker trabalha. Mas a origem do<br />

movimento hacker nasce dos hackers <strong>de</strong> software, e nas tradições <strong>da</strong> cultura<br />

compartilha<strong>da</strong>, que é a essência filosófica <strong>da</strong> ética hacker. [...] Hackers<br />

resolvem problemas e compartilham saber e informação. Acreditam na<br />

liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e na aju<strong>da</strong> mútua voluntária, tanto que é quase um <strong>de</strong>ver moral<br />

compartilhar informação, resolver problemas e <strong>de</strong>pois <strong>da</strong>r as soluções, para<br />

que outros possam resolver novos problemas. 355<br />

Continuando, Gil remete ao seu discurso <strong>de</strong> posse, quando anunciara o<br />

Ministério <strong>da</strong> Cultura como o espaço <strong>da</strong> experimentação <strong>de</strong> rumos novos, o território <strong>da</strong><br />

criativi<strong>da</strong><strong>de</strong> popular e <strong>da</strong>s linguagens inovadoras, o palco <strong>de</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para a<br />

aventura e a ousadia:<br />

É com esta compreensão <strong>de</strong> nossas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s internas e <strong>da</strong> procura<br />

<strong>de</strong> uma nova inserção do Brasil no mundo que o Ministério <strong>da</strong> Cultura vai<br />

atuar, <strong>de</strong>ntro dos princípios, dos roteiros e <strong>da</strong>s balizas do projeto <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça<br />

<strong>de</strong> que o presi<strong>de</strong>nte Lula é, hoje, a encarnação mais ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira e mais<br />

profun<strong>da</strong>. Aqui será o espaço <strong>da</strong> experimentação <strong>de</strong> rumos novos. O espaço<br />

<strong>da</strong> abertura para a criativi<strong>da</strong><strong>de</strong> popular e para as novas linguagens. O espaço<br />

<strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para a aventura e a ousadia. O espaço <strong>da</strong> memória e <strong>da</strong><br />

invenção. 356<br />

Na aula magna proferi<strong>da</strong> na USP, retoma a i<strong>de</strong>ia do “do-in antropológico”<br />

prometido no discurso <strong>de</strong> posse, associando-o, então, já aos recém-lançados Pontos <strong>de</strong><br />

Cultura, com seus estúdios digitais. Anuncia também que o MinC passava a i<strong>de</strong>ntificar<br />

suas políticas públicas nessa área como cultura digital, tornando este conceito<br />

transversal na ação do Ministério e propulsor <strong>de</strong> sua re<strong>de</strong>finição.<br />

Atuar em cultura digital concretiza essa filosofia, que abre espaço para<br />

re<strong>de</strong>finir a forma e o conteúdo <strong>da</strong>s políticas culturais, e transforma o<br />

Ministério <strong>da</strong> Cultura em Ministério <strong>da</strong> Liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, Ministério <strong>da</strong><br />

Criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, Ministério <strong>da</strong> Ousadia, Ministério <strong>da</strong> Contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Ministério, enfim, <strong>da</strong> Cultura digital e <strong>da</strong>s Indústrias Criativas.<br />

Cultura digital é um conceito novo. Parte <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a revolução<br />

<strong>da</strong>s tecnologias digitais é, em essência, cultural. O que está implicado aqui é<br />

que o uso <strong>de</strong> tecnologia digital mu<strong>da</strong> os comportamentos. O uso pleno <strong>da</strong><br />

internet e do software livre cria fantásticas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratizar os<br />

355 Disponível em (http://www.cultura.gov.br/site/2004/08/10/ministro-<strong>da</strong>-cultura-gilberto-gil-em-aulamagna-na-universi<strong>da</strong><strong>de</strong>-<strong>de</strong>-sao-paulo-usp/).<br />

Acesso em 15/08/10.<br />

356 Disponível em (http://www.cultura.gov.br/site/2003/01/02/discurso-do-ministro-gilberto-gil-nasoleni<strong>da</strong><strong>de</strong>-<strong>de</strong>-transmissao-do-cargo/).<br />

Acesso em 15/08010.<br />

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