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Baixar - Proppi - UFF

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pode ser chamado de dança Afro, saboreando a variedade e complexidade dessa arte.<br />

Nestes primeiros dois capítulos é possível ver especialmente como a dança é um<br />

comportamento social e econômico. A dança faz parte da nossa vida social e, ao dançar, o<br />

performer assume um certo status e executa vários papéis, assim como acontece na vida<br />

social, como será evidenciado no próximo capítulo com as teorias de Goffman.<br />

Economicamente falando, a dança é o meio de trabalho e de sustento de muitos<br />

profissionais, além do fato de muitas pessoas pagarem por aprender esta arte, por motivos<br />

que vão do buscar uma identidade ao fazer exercício, do conhecer novas pessoas ao se<br />

destrair, como veremos dos depoimentos no segundo capítulo.<br />

O terceiro capítulo foca-se mais sobre a modalidade sagrada da dança Afro, a<br />

dança de Orixás. Trarei aqui uma breve introdução sobre o mundo da religião do<br />

Candomblé, explicando quem são os Orixás e listando os principais deuses com seus<br />

arquétipos, suas características, seus gestos e jeitos de dançar. Ao analisar o corpo que<br />

dança Orixá, farei uma comparação entre o contexto sagrado do Candomblé e o campo<br />

profano da dança Afro, levantando algumas questões corporais que serão retomadas em<br />

seguida. Este capítulo é associado ao olfato, sentido que é fundamental no Candomblé e<br />

no lidar com as forças da natureza, muito presentes quando se fala de Orixás. Faz-se aqui<br />

evidente como dançar é algo cultural dado que todos os valores, atitudes e crenças<br />

influenciam os movimentos e a performance do dançarino. Além disso, através da dança<br />

transmitem-se elementos que fazem parte de uma rica cultura; neste caso passam-se<br />

histórias e mitos originários da religião do Candomblé, parte da cultura afro-brasileira.<br />

O quarto capítulo é da audição, pois é o capítulo que fala de comunicação. No dia<br />

a dia a comunicação acontece tanto de maneira verbal quanto não verbal. De qualquer<br />

maneira, o que é fundamental no processo comunicativo é que tenha alguém que escute e<br />

receba a mensagem. Na dança Afro o corpo comunica através dos gestos, da voz, da<br />

música, do toque do tambor, do movimento. Explorarei portanto as teorias de<br />

comunicação que abordam os elementos de interação e cooperação entre os protagonistas<br />

do ato comunicativo. Olhando para os tipos de comportamento de Hanna, esse capítulo<br />

lida com o “comportamento comunicativo” da dança, considerando esta arte como uma<br />

linguagem, um meio de comunicação não-verbal através da qual instauram-se relações e<br />

transmitem-se significados.

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