Baixar - Proppi - UFF
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afrodescendentes e para todos os que entram em contato com a dança<br />
Afro. As performances afro-brasileiras como a dança Afro agregam e<br />
reproduzem informações sobre as culturas africanas e as da diáspora,<br />
“fundem mito e história, experiência e criação, intensificando a<br />
produção de discursos identitários” (Souza, 2007, p.37).<br />
Como já vimos no primeiro capítulo ao analisar as razões pelas<br />
quais as pessoas dançam, a busca de identidade aparece entre as<br />
motivações. Trago aqui novamente alguns depoimentos dos alunos de<br />
dança Afro:<br />
“È uma coisa muito enraizada na cultura brasileira. Tem uma identidade forte<br />
porque a cultura africana aqui é muito forte”<br />
“Trabalhar nosso corpo e nossa identidade ao mesmo tempo-a aula refletiu<br />
isso”<br />
“Cada vez que eu danço é que nem encontrar a mim mesmo”<br />
“Entrei para a dança para me encontrar como mulher negra; a<br />
dança não é só uma questão de corpo mas de identidade afrobrasileira,<br />
de resgate, de resistência”<br />
Estes comentários mostram como a dança e o corpo estão<br />
profundamente ligados à questão identitária e ao resgate da memória.<br />
As pessoas definem a dança como algo que tem uma identidade forte, e<br />
como uma maneira para trabalhar a identidade. Uma das alunas, por<br />
exemplo, dança para “encontrar a si mesma”. No último depoimento,<br />
uma outra aluna, uma mulher negra, procura se encontrar e resgatar<br />
sua identidade, quem ela é e com que ela se identifica. Antes de