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Baixar - Proppi - UFF

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teorias começaram a quebrar com o dualismo cartesiano que vê o corpo<br />

como objeto totalmente separado de uma mente ativa. Para<br />

desconstruir mais este pensamento dualista, explorou-se o conceito de<br />

habitus de Bourdieu, que levou às abordagens fenomenológicas de<br />

Merleau-Ponty e Sartre. Aqui viu-se a importância das sensações e das<br />

percepções no entendimento e na produção do conhecimento. A<br />

proposta neste nível da análise é de um corpo-próprio que possui uma<br />

inteligência em si capaz de compreender e produzir significados.<br />

Sempre analisando este discurso com referência ao campo da<br />

dança, continuou-se a ver a centralidade do corpo através do papel<br />

fundamental que o gesto tem na comunicação e na produção de<br />

conhecimento. Tomando as teorias de Mead como base, analisou-se<br />

como o significado se produz na interação entre os atores e a audience.<br />

Vários exemplos práticos foram trazidos para exemplificar este conceito<br />

presente nos textos de Goffman, Schieffelin, Scheub e Schechner,<br />

retomando e aprofundando a discussão sobre performance iniciada no<br />

capítulo 1, focando-se sobre a performance da dança Afro e sua<br />

proximidade com rituais sagrados.<br />

Fazendo a conecção entre profano e sagrado, viu-se como o corpo<br />

é protagonista tanto na performance quanto no ritual, não somente ao<br />

nível de comunicador e produtor de significados, mas também como<br />

sede de memórias incorporadas. Inspirando-se nas obras de Csordas,<br />

Stoller e Lakoff e Johnson, explicou-se e aplicou-se o conceito de<br />

embodiment à prática da dança Afro, onde os corpos re-atuam e reproduzem<br />

os mitos ao incorporar os gestos mantedores de memórias.<br />

Trazendo esta análise neste capítulo quis demonstrar como o corpo é<br />

um sujeito pensante, comunicador e produtor de significados, e como os

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