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leandro-narloch-guia-politicamente-incorreto-da-histc3b3ria-do-brasil

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a gloriosa e humanitária Nação Brasileira, acudisse em nosso socorro eatendesse nossos justíssimos pedi<strong>do</strong>s. [...]O Governo <strong>do</strong> Brasil nãorespondeu aos nossos patrióticos alarmes. É justo, pois, que ci<strong>da</strong>dãos livresnão se conformem com o estigma de párias cria<strong>do</strong> pelo governo de suaPátria – nem podem de forma alguma continuar sen<strong>do</strong> escravos de umaoutra nação: a Bolívia!O novo país fun<strong>da</strong>n<strong>do</strong> em 14 de junho de 1899 – a <strong>da</strong>ta foiescolhi<strong>da</strong> por Gálvez para coincidir com o 14 de junho francês.A capital ganhou o nome de Ci<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Acre – hoje Porto Acre, nadivisa com o Amazonas. O grupo formou um conselho ministerial, umabandeira e um selo comemorativo. Um barracão de madeira virou o palácio<strong>do</strong> governo em cuja facha<strong>da</strong> havia a inscrição “Pátria e Liber<strong>da</strong>de”.Criaram-se também a Força Pública Nacional, composta de batalhões deinfantaria, cavalaria e corpo de bombeiros, e a Força de Instrução, paraeducar os acreanos. Vinte e sete decretos de Gálvez regulavam os futurosserviços de água, transporte, abastecimento, iluminação pública, osincentivos às indústrias e famílias de colonos que quisessem se instalar porali. Em francês, língua oficial <strong>da</strong> diplomacia <strong>da</strong> época, o “Impera<strong>do</strong>r <strong>do</strong>Acre” man<strong>do</strong>u um comunica<strong>do</strong> aos países <strong>da</strong> América <strong>do</strong> Sul anuncian<strong>do</strong> aproclamação <strong>da</strong> nova nação de 6.742 ci<strong>da</strong>dãos. A Argentina, então o paísmais rico <strong>da</strong> América <strong>do</strong> Sul, chegou a reconhecer a legitimi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Acrecomo nação. Gálvez man<strong>do</strong>u também um aviso especial para o presidente<strong>brasil</strong>eiro, Campos Sales. Dizia que, se o Brasil quisesse se apoderar <strong>do</strong>novo país, tu<strong>do</strong> bem. “Se o ato que praticaram [os <strong>brasil</strong>eiros no Acre]podetrazer consequencias desastrosas à Nação Brasileira, o Governo Provisóriodeste Esta<strong>do</strong>, embora tenha que tragar uma <strong>do</strong>lorosa humilhação, cederáperante o que for a conveniência <strong>da</strong> Pátria.” O espanhol provavelmente

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