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leandro-narloch-guia-politicamente-incorreto-da-histc3b3ria-do-brasil

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Arma<strong>da</strong>s, nota<strong>da</strong>mente, nos Grandes Centros, como Guanabara,Pernambuco, especialmente nos Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio de Janeiro e no RioGrande <strong>do</strong> Sul, além <strong>do</strong> Corpo de Fuzileiros Navais, que nos fornecera, deimediato, para a Ação Liberta<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> Guanabara, o materialpotencialmente necessário.Mesmo depois <strong>do</strong> golpe militar, não havia tanto motivo assim paraaderir a guerrilhas. Apesar de a ditadura ter começa<strong>do</strong> em 1964, até 1968 ogoverno tinha de levar as leis para serem aprecia<strong>da</strong>s no Congresso e aspessoas podiam responder processos criminais em liber<strong>da</strong>de. Esperava-seque os militares logo promovessem eleições, ain<strong>da</strong> que indiretas, o quepoderia restabelecer o governo civil.O regime só endureceu de ver<strong>da</strong>de em dezembro de 1968, com oAto Institucional número 5. O Congresso Nacional foi fecha<strong>do</strong>, oExecutivo pôde governar arbitrariamente por meio de decretos-lei e ohabeas corpus deixou de existir. O governo poderia prender e manterpessoas na cadeia sem explicar por quê. Para justificar essa radicalização, osmilitares usaram um argumento fácil: era preciso manter a ordem. Durantea reunião de 13 de dezembro de 1968, em que os ministros aprovaram oAI-5, a palavra ”ordem”, no senti<strong>do</strong> de tranquili<strong>da</strong>de pública, é cita<strong>da</strong> 23vezes nos discursos. Quem lê esses pronunciamentos hoje fica com aimpressão de que 1968 foi uma desordem assusta<strong>do</strong>ra. É ver<strong>da</strong>de. Dejaneiro a dezembro <strong>da</strong>quele ano, guerrilheiros praticaram pelo menos vinteassaltos a banco e a automóveis, execuções, ataques a quartéis e atenta<strong>do</strong>s abomba que resultaram em nove mortes e causaram ferimentos em sol<strong>da</strong><strong>do</strong>s,seguranças de banco, motoristas e até pessoas que passavam pela rua.Em março de 1968, o estu<strong>da</strong>nte Orlan<strong>do</strong> Lovecchio Filho, então com 22anos, foi atingi<strong>do</strong> por uma bomba instala<strong>da</strong> na porta <strong>da</strong> biblioteca <strong>do</strong>

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