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leandro-narloch-guia-politicamente-incorreto-da-histc3b3ria-do-brasil

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fina e sem sementes. Plantações <strong>da</strong> fruta apareceram na índia há 2.300 anos(Alexandre, o Grande provou uma quan<strong>do</strong> passou por lá) e logo depois abanana começou a ser cultiva<strong>da</strong> na China. Com os árabes, atravessou to<strong>da</strong> aÁfrica (de onde vem seu nome atual) e chegou à Europa por influênciamoura. Ao to<strong>do</strong>, foram 6.500 anos de migração e melhoramento genéticoofereci<strong>do</strong>s aos índios <strong>brasil</strong>eiros. Assim como a banana, os índiosconheceram pelos portugueses frutas e plantas que hoje são símbolosnacionais e que não faltam em muitas tribos, como a jaca, a manga, alaranja, o limão, a carambola, a graviola, o inhame, a maçã, o abacate, ocafé, a tangerina, o arroz, a uva e até mesmo o coco (isso mesmo: até odescobrimento, não havia coqueiros no Brasil). Quan<strong>do</strong> os jesuítasimplantaram a agricultura intensiva perto <strong>da</strong>s aldeias, obter comi<strong>da</strong> deixoude ser um estorvo. Para quem estava acostuma<strong>do</strong> a plantar só mandioca eamen<strong>do</strong>im, ten<strong>do</strong> que suar em caça<strong>da</strong>s demora<strong>da</strong>s para arranjar algumaproteína fresca, a vi<strong>da</strong> ficou muito mais fácil.É ver<strong>da</strong>de que não faltavam frutas e cereais nasmatas <strong>brasil</strong>eiras, mas muitos eram espinhosos e difíceis de abrir, como acastanha-<strong>do</strong>-pará - e não porque os trópicos favorecem plantas esquisitas,mas porque essas espécies não passaram por um processo de <strong>do</strong>mesticação eseleção artificial.Outra novi<strong>da</strong>de foi o animal <strong>do</strong>méstico. Com uma floresta farta, osnativos não precisaram desenvolver criações para o abate nem bichos deestimação como os <strong>do</strong>s europeus. Galinhas, porcos, bois, cavalos e cãesforam novi<strong>da</strong>des revolucionárias que os índios não demoraram a a<strong>do</strong>tar.Novas palavras surgiram no vocabulário nativo, a maioria associan<strong>do</strong> osnovos animais ao fato extraordinário de serem mansos e amigáveis. Oporco, em tupi, virou taiaçu-guaia (”porco manso”), os cães ganharam o

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