08.07.2015 Views

leandro-narloch-guia-politicamente-incorreto-da-histc3b3ria-do-brasil

leandro-narloch-guia-politicamente-incorreto-da-histc3b3ria-do-brasil

leandro-narloch-guia-politicamente-incorreto-da-histc3b3ria-do-brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

o Coman<strong>do</strong> Vermelho e o PCC. Até aquele ano, era um pouco mais fácilassaltar bancos e sequestrar embaixa<strong>do</strong>res estrangeiros. A euforia inicial <strong>do</strong>sguerrilheiros, o fator surpresa (a polícia mal conhecia os grupos) e a falta deaparelhamento <strong>do</strong> governo militar facilitavam as ações. Em 1969, noentanto, as investigações e a tortura <strong>da</strong> polícia mostraram resulta<strong>do</strong>. Um aum, os grupos de guerrilheiros viam seus participantes serem presos. Emapenas cinco meses, a polícia descobriu 66 esconderijos e prendeu 320pessoas. Em novembro de 1969, os militares executaram, na Alame<strong>da</strong> CasaBranca, em São Paulo, o líder <strong>da</strong> ALN, Carlos Marighella. Ele foisubstituí<strong>do</strong> por Joaquim Câmara Ferreira, morto em outubro de 1970,poucas semanas depois de o Professor Par<strong>da</strong>l voltar de Cuba.Depois <strong>da</strong> morte <strong>do</strong> líder substituto, o comportamento de MárcioTole<strong>do</strong> mu<strong>do</strong>u. Com o grupo sen<strong>do</strong> destruí<strong>do</strong> pelos militares, ele deve terfica<strong>do</strong> descrente de que a organização conquistaria algum apoio popular.No fim de 1970, o Professor Par<strong>da</strong>l passou quarenta dias sem <strong>da</strong>r notíciasaos colegas. Quan<strong>do</strong> voltou, faltava a encontros e aban<strong>do</strong>nava missões.Disse aos companheiros que pensava deixar a organização e partir paraoutro grupo. Numa carta encontra<strong>da</strong> no seu quarto dias depois de suamorte, escreveu:Não vacilo e não tenho dúvi<strong>da</strong>s quanto às minhas convicções.Continuarei trabalhan<strong>do</strong> pela revolução, pois ela é o meu únicocompromisso. Procurarei onde possa ser efetivamente útil ao movimento esobre isso conversaremos pessoalmente.Ele não teve oportuni<strong>da</strong>de de conversar pessoalmente com oscompanheiros. Alarma<strong>do</strong>s com a possibili<strong>da</strong>de de Márcio ser pego pelapolícia e dedurá-los, os outros líderes <strong>da</strong> ALN em São Paulo montaram umpequeno tribunal para julgá-lo. Por quatro votos a um, decidiram executar o

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!