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Livro Psic. escolar e educ - Para associar-se ou renovar sua ...

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16refletem a idéia de que a aprendizagem prévia é decisivanas novas aprendizagens, isto é, o conhecimento préviodo sujeito e o grau com que o pode ativar nas situaçõesde aprendizagem determina as <strong>sua</strong>s novas aquisições(Almeida, 1996). <strong>Para</strong> além do diagnóstico das concepçõesalternativas, o professor tem à <strong>sua</strong> disposição instrumentosdidáticos que promovem a atividade do sujeitona organização da informação com vista à reorganizaçãodo conhecimento (Sequeira & Freitas, 1989; Praia, 1999;Cachapuz & cols., 2000; Marques & Praia, 2000; Palmero& Moreira, 2000).Assim <strong>se</strong>ndo, valorizando-<strong>se</strong> a atividade cognitiva dosujeito e remarcando-<strong>se</strong> a importância das concepçõesprévias, surge no ensino das ciência a perspetiva doEnsino por Mudança Conceptual (EMC), que não visaapenas a aquisição de novos conhecimentos pelos alunos,mas reclama a <strong>sua</strong> reorganização conceptual. Essaperspectiva tem hoje a suportá-la numerosas investigaçõesnas aulas de ciências (Nussbaum & Novick, 1982;Osborne & Freyberg, 1985; Driver, 1988). Como referemCachapuz e cols. (2000) na perspectiva do EMCestá subjacente a utilização de estratégias metacognitivasque envolvem os alunos num exercício continuado sobreo pensar, onde o recurso a atividades que envolvemo espírito crítico e criativo ajuda a de<strong>se</strong>nvolver competênciasde nível superior.No EMC, <strong>ou</strong>tro papel é exigido ao professor, <strong>ou</strong>trastarefas são reclamadas aos alunos. Numa lógica deaprendizagem por construção de conhecimento, exige<strong>se</strong>a iniciativa do aluno e fala-<strong>se</strong> no papel mediador doprofessor: “... apela-<strong>se</strong> a um professor que consiga caminharao lado e à frente dos alunos, a uma distânciaadequada, <strong>se</strong>rvindo de mediador entre os alunos e a novainformação <strong>ou</strong> tarefa” (Almeida, 1998 p.57). O importanteé centrar no aluno o processo de ensino-aprendizagem,criando condições para o envolvimento pessoalque <strong>se</strong> torna necessário (Praia, 1989; M<strong>ou</strong>rão & cols.,1993; Almeida, 1998).Ao destacar as contribuições pedagógicas doconstrutivismo, Champagne (1996) refere que, comoreferente teórico, o construtivismo pode legitimar (<strong>ou</strong><strong>se</strong>r utilizado como tal) todo o tipo de práticas supostamentecentradas no aluno e no <strong>se</strong>u contexto. Assim,passados quinze anos de intensa investigação didáticana área do EMC, surge, atualmente, no ensino das ciências,a perspectiva de Ensino Por Pesquisa (EPP). Essaperspectiva visa não só a compreensão do corpo deconhecimentos e processos científicos, mas pretendeClara Vasconcelos, João Félix Praia e Leandro S. Almeidaigualmente contribuir para o de<strong>se</strong>nvolvimento pessoal esocial dos jovens (Cachapuz & cols., 2000). O ensinopor pesquisa faz apelo a conteúdos inter etransdisciplinares, cultural e <strong>educ</strong>acionalmente relevantes.Nes<strong>se</strong> <strong>se</strong>ntido, um dos objetivos es<strong>se</strong>nciais é a compreensãodas relações C-T-S-A (Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente), procurando garantir que as aprendizagens<strong>se</strong> tornem úteis aos alunos numa perspectivade ação (Canavarro, 1999; Praia, 1999). Trata-<strong>se</strong>, agora,de valorizar objetivos <strong>educ</strong>acionais (e não meramenteinstrucionais) que promovam uma avaliação formadoraem detrimento da classificatória. Importa avaliarcapacidades, atitudes e valores, e não apenas os conteúdoscientíficos sobrevalorizados no EMC. Assim, oEPP preconiza momentos avaliativos ao longo de todo opercurso, auxiliando o aluno a perceber o que faz e asaber quais as estratégias metacognitivas a utilizar emcada tarefa (Cachapuz & cols., 2000). A pesquisa partilhadae a discussão promovidas na sala de aula desviama atenção do professor para uma avaliação mai<strong>se</strong>fetiva, tendo em vista regular o processo de ensinoaprendizageme implicando o aluno na construção do<strong>se</strong>u conhecimento. O papel ativo do sujeito aparece reclamado,a <strong>sua</strong> autonomia no ato de conhecer e o papelcentral dado à descoberta e à exploração são tidos comodecisivos na aprendizagem.CONCLUSÃOA análi<strong>se</strong> efetuada às abordagens comportamentais,permitiu-nos constatar que, embora de forma dissimulada,prescutam-<strong>se</strong> algumas tendências behaviorista<strong>se</strong>m perspectivas de ensino/aprendizagem atuais. O condicionamentooperante de skinneriano prolifer<strong>ou</strong> a nível<strong>educ</strong>acional nos anos trinta e estendeu-<strong>se</strong> aos sistemasde instrução programada. Ao nível do ensinoem ciências, tais abordagens teóricas <strong>se</strong>rviram de suportea uma pedagogia transmissiva, memorística, ba<strong>se</strong>adano reforço e com o intuito de obter comportamentosde<strong>se</strong>jáveis (Cachapuz & cols., 2000). Sendo oreforço responsável pelo fortalecimento da resposta,aumentando a probabilidade desta ocorrer, de<strong>se</strong>ncade<strong>ou</strong>,a nível de sala de aula, prémios e castigos com ointuito de promover o controle dos alunos e mudançascomportamentais significativas (Vasconcelos, 2000). Ateoria do condicionamento realça o ‘saber fazer’, ocomportamento exterior, ob<strong>se</strong>rvável e susceptível de

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