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Livro Psic. escolar e educ - Para associar-se ou renovar sua ...

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34 Geraldina Porto Wittercolonial. Todavia, o fenômeno de inclusão do inglês e doespanhol no Brasil, até mesmo descaracterizando a línguae com ela a nacionalidade é, possivelmente, maisintenso aqui. Entretanto, há um esforço imenso de estudiososde lexicografia, da lingüística geral, dasociolingüística e dos dicionaristas para corrigir esta submissãoe distorção lingüístico-cultural.Pressão e tensão foram muito usadas, estandodicionarizadas há muito tempo. Com o crescimento d<strong>ou</strong>so de stress, os estudiosos do léxico e os dicionaristasbrasileiros acabaram por incluir estres<strong>se</strong> entre os vocábulosque constituem a língua portuguesa falada no Brasil.Isto já ocorre há algumas décadas e pode-<strong>se</strong> verificaresta aceitação nos manuais de redação até mesmode grandes jornais como O Estado de São Paulo e aFolha de São Paulo. Todavia, é superior em questãode vocábulos e respeito à língua, especialmente com<strong>ou</strong>m dos símbolos nacionais, a inclusão do vocábulo nosgrandes dicionários e <strong>sua</strong> aprovação pela AcademiaBrasileira de Letras como pré-requisito para <strong>se</strong>u uso.Por exemplo, em H<strong>ou</strong>aiss, Villar e Franco (2001) oleitor é informado que, desde 1975 o termo estres<strong>se</strong> jáestava oficialmente incluso no léxico, que <strong>sua</strong> origem émédica, indicando um estado de “percepção de estímulosque provocam excitação emocional e, ao perturbarema homeostasia, levam o organismo a disparar umprocesso de adaptação da <strong>se</strong>creção de adrenalina, comvárias con<strong>se</strong>qüências sistêmicas” (p. 1264).A ênfa<strong>se</strong> é na descrição biológica dada à área deorigem do termo. Lembra que o termo inglês é bem maisantigo aos atuais estudos. Surgiu depois do século XIV,visto como tensão e passa a <strong>se</strong>r considerado como distúrbiotanto fisiológico como psicológico causado porcircunstâncias adversas, por volta de 1942. Na medicinafoi incorporado pelos trabalhos do fisiologista norteamericanoWalter Cannon (1871-1945) e do fisiologistacanaden<strong>se</strong> Hans Selye (1907-1982), o qual despont<strong>ou</strong>nos anos 30, <strong>se</strong>ndo mais divulgado no Brasil. Como variação<strong>ou</strong> sinônimo pode <strong>se</strong>r usado o termo estricção e overbo vinculado é estressar.Dentre as con<strong>se</strong>qüências negativas do estres<strong>se</strong> aparecem:fadiga, adinamia, agitação, inadaptação. Quandoo estres<strong>se</strong> é mantido dentro de um bom nível de controleas con<strong>se</strong>qüências podem <strong>se</strong>r positivas. Desde quehaja possibilidade de correção, as pessoas manifestamprazer e produtividade. Em qualquer organização, inclusivenas escolas, é necessário gerenciar o estres<strong>se</strong> quando<strong>se</strong> pretende ter produtividade e satisfação. O climaorganizacional deve <strong>se</strong>r favorável para que o nível detensão, as exigências contínuas e <strong>ou</strong>tros estressores nã<strong>ou</strong>ltrapas<strong>se</strong>m o ponto ideal.Estres<strong>se</strong> e docênciaNo cenário <strong>educ</strong>acional muitos são os que assumempapéis e funções em níveis diversos. Todavia, mesmonão ocupando altos cargos e não participando do processoprincipal de decisões, certamente é o professoruma das duas figuras mais importantes. A <strong>ou</strong>tra, <strong>se</strong>mdúvida, é o aluno. Embora <strong>se</strong> possa dizer que no processointerativo entre professor e aluno, um exerce influênciasobre o <strong>ou</strong>tro, cabe ao professor influir mais no processode formação e de<strong>se</strong>nvolvimento dos alunos quelhe são confiados, <strong>se</strong>jam eles crianças do maternal <strong>ou</strong>mesmo universitários.Nessas circunstâncias, não é de estranhar a constantepreocupação de administradores e de pesquisadores dediversas áreas em conhecer o professor. Entre os pesquisadore<strong>se</strong>stá o psicólogo que tem <strong>se</strong> ocupado em conhecerdiretamente o professor, trabalhar com <strong>se</strong>us problemas, <strong>sua</strong>srelações interpessoais, <strong>sua</strong> eficácia e eficiência enquantoprofissional do ensino. Também não é de <strong>se</strong> surpreenderque universalmente <strong>se</strong>ja constatada a preocupação emaprimorar cada vez mais a formação do professor, quergerando legislação específica, quer pesquisando intensamentea formação do referido profissional.Entre a problemática vivenciada e pesquisada no queconcerne ao docente está a questão do estres<strong>se</strong>.Estres<strong>se</strong> (Witter, 2002b) é um problema mundial de saúdebiopsicossocial que tem sido objeto de pesquisas descritiva<strong>se</strong> funcionais, que buscam as causas e as soluções,que <strong>se</strong> refletem nas programações de prevenção e deintervenção. Embora o estres<strong>se</strong> apareça como um dosproblemas de saúde do trabalhador, este não tem sidoobjeto suficiente de pesquisas específicas. Há muito quepesquisar já que o estres<strong>se</strong> tem sido indicado como pre<strong>se</strong>nteno quadro de problemas de saúde das várias profissões.Um destes profissionais é o professor.O contexto <strong>educ</strong>acional pode gerar estres<strong>se</strong> em todosos que o partilham, resultante do próprio ambiente,das relações interpessoais, das tarefas etc. (Witter, 1997).Como isso ocorre em relação ao professor é o cerne dotema aqui enfocado, mas não <strong>se</strong> pode esquecer que <strong>se</strong>trata, na maioria das vezes, de pacotes de variáveis interligadas,podendo ocorrer de uma potencializar a <strong>ou</strong>tra.Certamente não é um quadro fácil de pesquisar <strong>ou</strong>mesmo de intervir.

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