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Livro Psic. escolar e educ - Para associar-se ou renovar sua ...

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Aprendizagem por interação e traços de personalidade 75Essa dimensão da personalidade prevê sujeitos comcertas características, <strong>se</strong>gundo as quais socialização,<strong>se</strong>ntimentos de empatia, culpabilidade e <strong>se</strong>nsibilidade paracom os <strong>ou</strong>tros são não muito consideradas. Pode <strong>se</strong> suporque na medida em que eles não <strong>se</strong> dispersam comessas questões podem melhor refletir sobre o conflito esuperar <strong>sua</strong>s contradições.No que <strong>se</strong> refere ao traço adequação, o pre<strong>se</strong>nte estudotambém levant<strong>ou</strong> uma hipóte<strong>se</strong> ambígua. Por um lado,crianças com alta pontuação em adequação social poderiam<strong>se</strong> mostrar complacentes com os colegas, não tirandoproveito da situação. Por <strong>ou</strong>tro lado, por estarem atentasàs normas sociais, procurariam responder bem às solicitações.A literatura informa tanto relações positivas des<strong>se</strong>traço com aprendizagem (Francis & Montgomery, 1993)como inversas (Palkovic, 1979; Maqsud, 1993; Csorba &Dinya, 1994). O traço adequação apre<strong>se</strong>nt<strong>ou</strong> relação significativana análi<strong>se</strong> de regressão, no pós-teste imediato,apre<strong>se</strong>ntando-<strong>se</strong> como um componente explicativo do processode aprendizagem. Es<strong>se</strong> resultado leva a supor queindivíduos com alta pontuação em adequação, na medidaem que <strong>se</strong> preocupam com as conformidades sociais, estandoatentos às relações interpessoais, reagem bem naaprendizagem com o <strong>ou</strong>tro.Quanto traço neuroticismo, a hipóte<strong>se</strong> do pre<strong>se</strong>ntetrabalho previa que os sujeitos com alta pontuação emneuroticismo poderiam vir a apre<strong>se</strong>ntar baixo índice deaprendizagem, devido a <strong>sua</strong> instabilidade emocional edificuldade de adaptação. A controvérsia da literaturaconcerne a encontrar relações positivas com aspectosda <strong>escolar</strong>ização (Wilson & Lynn, 1990; Francis &Montgomery, 1993; Robinson, Gabriel & Katchan, 1994)<strong>ou</strong> relações inversas (Palkovic, 1979; Maqsud, 1993;Csorba & Dinya, 1994). Contudo, neste estudo, nenhumadas análi<strong>se</strong>s estatísticas feitas apre<strong>se</strong>nt<strong>ou</strong> relaçãosignificativa.Retomando a hipóte<strong>se</strong> colocada, apenas parcialmentealgumas de <strong>sua</strong>s relações puderam <strong>se</strong>r comprovada<strong>se</strong> apenas no resultado imediato de uma aprendizagem.Há que <strong>se</strong> considerar o fato de que a noçã<strong>ou</strong>tilizada como conteúdo da aprendizagem, quando noprocesso de aquisição espontânea, só é adquirida numaidade mais avançada, entre 8 <strong>ou</strong> 9 anos, enquanto queos sujeitos desta pesquisa variaram de 5 anos e 6 me<strong>se</strong>sa 7 anos e 2 me<strong>se</strong>s. Ao lado disso, uma boa partedos sujeitos não cheg<strong>ou</strong> a estabilizar a aprendizagem,considerando o pós-teste 2. Nes<strong>se</strong> contexto, a necessidadede mais pesquisas nessa direção faz-<strong>se</strong> necessário,com vistas, principalmente, a analisar sujeitoscujos sistemas cognitivos <strong>se</strong> estabilizem no processode aprendizagem e compará-los com sujeitos cuja estabilidadenão foi ob<strong>se</strong>rvada.REFERÊNCIASAmes, G. J. (1980). When Two Wrongs Make a Right:Promoting Cognitive Change Thr<strong>ou</strong>gh Social Conflict.U.S. Delaware, Relatório de Pesquisa, n. 143, microfichado ERIC.Borg, M. O., & Shapiro, S. L. (1996). Personality type andstudent performance in principles of economic <strong>educ</strong>ation.J<strong>ou</strong>rnal of Economic Education, 27, 3-25.Cannella, G. S. (1992). Gender composition and conflict indyadic sociocognitive interaction: effects on spatiallearning in y<strong>ou</strong>ng children. J<strong>ou</strong>rnal of ExperimentalEducation, 61, 29-41.Csorba, J., & Dinya, E. (1994). 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