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Livro Psic. escolar e educ - Para associar-se ou renovar sua ...

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44 Geraldina Porto WitterÉ uma proposta de unificação. Bonanno (2001) retomaa discussão face à contestação que teriam ignoradoo processo de esquiva para <strong>se</strong> distanciar da perda.Enfatiza a falta de dados para sustentar a contestação.Destaca que a leitura feita por eles valoriza a esquivacomo forma de distanciamento do processo o que nãofoi percebido pelos <strong>se</strong>us opositores. Na ba<strong>se</strong> de dadosapareceram também dois textos teóricos trataram deassunto subjacente a atuação do professor que ocasionalmentepode estar estressado. Pelo exposto é evidenteque embora <strong>se</strong> fale muito do estres<strong>se</strong> do professor eda necessidade de uma devida prevenção e intervenção(Lipp, 2002) os pesquisadores não estão dando a devidaatenção ao problema.De acordo com os dados constantes na ba<strong>se</strong>pesquisada, o estres<strong>se</strong> do professor tem sido p<strong>ou</strong>copesquisado enquanto profissional submetido a condiçõe<strong>se</strong>stressoras, predominando os estudos em que atuamcomo avaliadores destas condições e da pre<strong>se</strong>nça doestres<strong>se</strong> entre alunos e familiares. Estas consideraçõestêm apoio no resultado encontrado por Witter (2002a)no PsycLIT sobre prevenção de estres<strong>se</strong> em geral (1994-1999), no qual foram registrados apenas 12 trabalhossobre estres<strong>se</strong> profissional em um total de 1.639 trabalhos.Ao que tudo indica, há necessidade de maioresinvestimentos na pesquisa na área do que vemefetivamente ocorrendo.CONCLUSÕESPelos dados aqui apre<strong>se</strong>ntados é evidente que <strong>se</strong> estádiante de uma área extremamente carente de pesquisas.As pesquisas encontradas são predominantemente descritivasnão havendo praticamente produção que teste aeficiência de programas de prevenção e de intervençãopara cuidar do estres<strong>se</strong> do professor. As situações detrabalho responsáveis por um quadro exacerbado deestres<strong>se</strong> docente estão requerendo pesquisas cuidadosas.Usando situações variadas, instrumentos diversos,problemas distintos, as pesquisas que recorreram aoprofessor como avaliador foram consistentes em mostrarque o docente é um juiz competente, um bom avaliadordo estres<strong>se</strong> e do comportamento emocional. Pesquisassimilares precisam <strong>se</strong>r realizadas no contextobrasileiro com objetivo de verificar <strong>se</strong> aqui o professordemonstra esta competência. A sugestão decorre dasdiferenças de formação do docente nos vários paí<strong>se</strong>s.As pesquisas do <strong>se</strong>gundo grupo enfocam variáveismuito diversificadas, instrumentos distintos de avaliação,são de tipos variados, predominantemente descritivas eos resultados não são coincidentes. Parecem refletir umafalta de metas para a pesquisa, a falta de continuidadenos projetos. Embora <strong>se</strong>jam pesquisas de mérito, nãopermitem estruturar um quadro claro do estres<strong>se</strong> do professore das variáveis relevantes.São pérolas esparsas, como <strong>se</strong> pode deduzir dos resumosapre<strong>se</strong>ntados. Não há coesão metodológica, deobjetivos <strong>ou</strong> de resultados. Possivelmente, a impossibilidadede compor um quadro consistente decorre do p<strong>ou</strong>coque já foi efetivamente pesquisado.Parkes (1990) relata que as “relações entre percepçõesdo ambiente de trabalho e autorelato de saúdemental e física estão amplamente documentadasna literatura. Muitas das pesquisas nesta área são decorrelação de partes e, con<strong>se</strong>quentemente, não permiteminferência causal, mas resultados empíricos deestudos longitudinais apoiam a perspectiva de que oambiente de trabalho exerce uma influência causalna saúde física e mental, incluindo tanto resultados acurto e a longo prazo, afetando a saúde, particularmenteno que concerne às doenças cardiovasculares.Resultados destes estudos também ilustram um processono qual as percepções do ambiente de trabalhomedeiam os efeitos das características objetivas dotrabalho nos resultados relacionados com a saúde.Este processo não é invariante, contudo, nos modelosteóricos e nos resultados empíricos, as diferençasocupam papel como determinantes da natureza emagnitude das respostas ao estres<strong>se</strong> decorrente dotrabalho” (p. 399).Há que <strong>se</strong> considerar a necessidade de <strong>se</strong> conhecermelhor as variáveis das condições de trabalho que geramestres<strong>se</strong> no professor. Sem este conhecimento é inviávelplanejar, executar e avaliar programas de prevenção e deintervenção que realmente <strong>se</strong>jam eficientes. É provávelque a carência de pesquisas com tais programas não tenhamsurgido nos dados aqui relatados em decorrênciado nível de conhecimento disponível.O predomínio de trabalhos de autoria múltipla é umindício de que grupos de pesquisadores estão <strong>se</strong> firmandona área, com tendência para maturidade. Todavia anatureza e a temática dos trabalhos estão longe de darconta do necessário para <strong>sua</strong> evolução em profundidadee para suprir as necessidades básicas de conhecimentona área.

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