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ANISTIA INTERNACIONAL

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da fronteira com a China correram riscos<br />

significativos ao usar celulares<br />

contrabandeados e conectados às redes<br />

chinesas para entrar em contato com<br />

pessoas no exterior. Quem não tivesse esses<br />

telefones tinha que pagar quantias<br />

exorbitantes a intermediários para fazer<br />

ligações internacionais. O uso de celulares<br />

contrabandeados para acessar as redes<br />

chinesas expôs todos os envolvidos a uma<br />

vigilância ainda maior, além do risco de<br />

prisão e detenção sob diversas acusações,<br />

entre elas a espionagem. 3<br />

A rede de computadores existente<br />

continuou disponível a um número bem<br />

limitado de pessoas, com acesso apenas a<br />

websites e serviços de e-mail nacionais. Em<br />

setembro, um erro de configuração num<br />

servidor da Coreia do Norte revelou ao<br />

mundo que a rede tinha apenas 28 sites,<br />

todos controlados por órgãos oficiais ou<br />

empresas estatais.<br />

DESAPARECIMENTOS FORÇADOS<br />

Em fevereiro, as autoridades pararam todas<br />

as investigações sobre sequestro de cidadãos<br />

japoneses, revertendo o acordo bilateral de<br />

2014 para investigar esses casos. Os relatos<br />

da mídia apontam que a decisão foi resultado<br />

do reestabelecimento de sanções,<br />

previamente atenuadas, mas recolocadas em<br />

vigor após os testes com armas nucleares<br />

que a Coreia do Norte realizou em janeiro. A<br />

Coreia do Norte já tinha admitido que seus<br />

agentes de segurança sequestraram doze<br />

cidadãos japoneses durante as décadas de<br />

1970 e 1980.<br />

1. North Korea: End secrecy surrounding North Korean restaurant<br />

workers (ASA 25/4413/2016)<br />

2. North Korea: U.S. Citizen hard labour sentence shrouded in secrecy<br />

(News story, 29 April)<br />

3. Connection denied: Restrictions on mobile phones and outside<br />

information in North Korea (ASA 24/3373/2016)<br />

CUBA<br />

República de Cuba<br />

Chefe de estado e governo: Raúl Castro Ruz<br />

Apesar da suposta abertura política,<br />

restrições dos direitos à liberdade de<br />

expressão, associação e circulação<br />

continuaram. A sociedade civil local e os<br />

grupos de oposição relataram cada vez mais<br />

detenções e perseguições com motivação<br />

política contra críticos do governo.<br />

INFORMAÇÕES GERAIS<br />

O restabelecimento das relações entre os<br />

EUA e Cuba em 2015 levou a um maior fluxo<br />

de comércio e turismo entre os dois países<br />

em 2016. Por exemplo, os serviços de voos<br />

comerciais dos EUA para Cuba foram<br />

retomados, após mais de 50 anos.<br />

Em março, o presidente dos EUA, Barack<br />

Obama, visitou Cuba e conheceu o<br />

presidente Raúl Castro. Foi a primeira visita<br />

de um presidente norte-americano em quase<br />

um século. 1 Fidel Castro morreu em<br />

novembro do mesmo ano. 2<br />

Milhões de turistas, muitos dos EUA e da<br />

Europa, visitaram Cuba em 2016, resultando<br />

em um crescimento significativo do setor de<br />

turismo.<br />

Os migrantes de Cuba continuaram a ir<br />

para os países da América do Sul e da<br />

América Central, bem como a viajar para o<br />

norte da ilha para chegar aos EUA. Entre<br />

outubro de 2015 e julho de 2016, mais de<br />

46 mil cubanos entraram nos EUA, um<br />

pouco mais que em 2015, e duas vezes mais<br />

que em 2014, de acordo com o Pew<br />

Research Centre.<br />

Durante todo o ano, a Comissão<br />

Interamericana de Direitos Humanos (CIDH)<br />

manifestou preocupação sobre a situação<br />

dos migrantes cubanos que tentavam entrar<br />

nos EUA. Em agosto, mais de 1.000<br />

migrantes cubanos ficaram encalhados na<br />

Colômbia, próximos à fronteira com o<br />

Panamá. A CIDH manifestou preocupação<br />

com o fato de eles não terem acesso a<br />

alimentação e estarem sob risco de serem<br />

106 Anistia Internacional Informe 2016/17

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