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ANISTIA INTERNACIONAL

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7. Indonesia: President must not undermine efforts to seek truth, justice<br />

and reparation (ASA 21/3671/2016)<br />

8. Indonesia: Poor prison conditions for Papuan activist (ASA<br />

21/4085/2016)<br />

9. Indonesia: End caning as a punishment in Aceh (ASA 21/3853/2016)<br />

IRÃ<br />

República Islâmica do Irã<br />

Chefe de Estado: Aiatolá Sayed Ali Khamenei (Líder<br />

Supremo da República Islâmica do Irã)<br />

Chefe de Governo: Hassan Rouhani (Presidente)<br />

As autoridades suprimiram amplamente os<br />

direitos à liberdade de expressão,<br />

associação, manifestação pacífica e<br />

religião, detendo e aprisionando críticos<br />

pacíficos e demais pessoas após<br />

julgamentos nitidamente injustos realizados<br />

por Tribunais Revolucionários. Tortura e<br />

outros maus-tratos a pessoas detidas<br />

continuaram sendo práticas comuns e<br />

amplamente disseminadas, tendo sido<br />

cometidas com impunidade. Flagelação,<br />

amputações e outras punições cruéis<br />

continuaram a ser aplicadas. Membros de<br />

minorias religiosas e étnicas enfrentaram<br />

discriminação e perseguição. Mulheres e<br />

meninas sofreram violência e discriminação<br />

generalizadas. As autoridades fizeram<br />

amplo uso da pena de morte, realizando<br />

centenas de execuções, algumas em<br />

público. Ao menos dois jovens em conflito<br />

com a lei foram executados.<br />

INFORMAÇÕES GERAIS<br />

Em março, o Conselho de Direitos Humanos<br />

da ONU renovou o mandato do Relator<br />

Especial da ONU sobre a situação dos<br />

direitos humanos no Irã. O governo<br />

continuou a negar ao Relator Especial sua<br />

entrada no país e a impedir o acesso de<br />

outros especialistas em direitos humanos da<br />

ONU.<br />

O governo e a União Europeia discutiram a<br />

possibilidade de iniciar um diálogo bilateral<br />

sobre direitos humanos.<br />

ESCRUTÍNIO <strong>INTERNACIONAL</strong><br />

O Comitê da ONU sobre os Direitos da<br />

Criança realizou a terceira e a quarta<br />

avaliação periódica do Irã e criticou a<br />

continuidade nas execuções de jovens em<br />

conflito com a lei e o impacto das execuções<br />

públicas na saúde mental das crianças que<br />

as testemunharam. O comitê também<br />

criticou a repetida discriminação contra<br />

meninas, crianças pertencentes a minorias<br />

étnicas e religiosas, crianças LGBTI e<br />

também a baixa idade na qual meninas se<br />

tornam criminalmente responsáveis.<br />

LIBERDADES DE EXPRESSÃO,<br />

ASSOCIAÇÃO E MANIFESTAÇÃO<br />

As autoridades reprimiram ainda mais os<br />

direitos de liberdade de expressão, de<br />

associação e de manifestação pacífica,<br />

detendo arbitrariamente e aprisionando<br />

críticos pacíficos com base em denúncias<br />

vagas relacionadas à segurança nacional. As<br />

pessoas visadas neste tipo de ação são<br />

defensores e defensoras dos direitos<br />

humanos, jornalistas, advogados, blogueiros,<br />

estudantes, ativistas sindicais, cineastas,<br />

músicos, poetas, ativistas pelos direitos das<br />

mulheres, pelos direitos das minorias étnicas<br />

e religiosas e pessoas que protestam contra a<br />

pena de morte e causas ambientais.<br />

No fim do ano, muitos prisioneiros de<br />

consciência entraram em greve de fome para<br />

protestar contra sua detenção injusta,<br />

expondo a natureza abusiva do sistema de<br />

justiça criminal do Irã.<br />

As autoridades intensificaram a repressão<br />

a defensores dos direitos humanos,<br />

sentenciando-os a longos períodos na prisão<br />

por conta de suas atividades pacíficas. Os<br />

tribunais fizeram menções crescentes a<br />

críticas nas mídias sociais quanto ao<br />

desempenho do Irã no tocante aos direitos<br />

humanos e à comunicação com mecanismos<br />

internacionais de direitos humanos, em<br />

especial com o Relator Especial da ONU<br />

sobre o Irã e com organizações de direitos<br />

humanos baseadas no exterior, incluindo a<br />

Anistia Internacional, como evidências de<br />

152 Anistia Internacional Informe 2016/17

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