ANISTIA INTERNACIONAL
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legitimamente seu direito de liberdade de<br />
expressão. Em fevereiro, três estudantes da<br />
Universidade de Jawaharlal Nehru foram<br />
presos pela polícia de Nova Delhi por sedição<br />
após terem supostamente lançado slogans<br />
“antinacionalistas”. No mesmo mês, a polícia<br />
de Nova Delhi prendeu também um<br />
acadêmico por sedição após ter<br />
supostamente entoado slogans “anti-Índia”<br />
em um evento particular. A lei de sedição<br />
também foi usada para prender pessoas por<br />
redigirem postagens “antinacionalistas” no<br />
Facebook em Kerala, por imprimir um mapa<br />
em Madhya Pradesh que não mostrava toda<br />
a Caxemira dentro das fronteiras indianas e<br />
por organizar um protesto por melhores<br />
condições de trabalho para policiais em<br />
Karnataka.<br />
Em agosto, a polícia de Karnataka<br />
registrou um caso de sedição contra<br />
representantes não especificados da Anistia<br />
Internacional da Índia por supostamente<br />
realizarem um evento “antinacionalista”<br />
sobre violações de direitos humanos em<br />
Jammu e na Caxemira. Uma denúncia de<br />
sedição foi feita no mesmo mês em um<br />
tribunal de Karnataka contra uma atriz por<br />
refutar uma declaração feita por um ministro<br />
do governo central segundo a qual “visitar o<br />
Paquistão era como ir ao inferno”.<br />
A lei que regulamenta a tecnologia da<br />
informação na Índia foi usada para perseguir<br />
pessoas. Em março, dois homens foram<br />
presos em Madhya Pradesh por<br />
supostamente compartilhar uma imagem que<br />
satirizava um grupo nacionalista hindu.<br />
DEFENSORES E DEFENSORAS DOS<br />
DIREITOS HUMANOS<br />
Jornalistas, advogados e defensores dos<br />
direitos humanos foram intimidados e<br />
atacados impunemente. Em fevereiro, o<br />
jornalista Karun Mishra foi morto a tiros por<br />
assassinos profissionais em Sultanpur, Uttar<br />
Pradesh. A polícia afirmou que ele teria sido<br />
visado por conta de suas matérias sobre<br />
mineração do solo em territórios ilegais. Em<br />
maio, Rajdeo Ranjan, um jornalista de Siwan,<br />
Bihar, que tinha recebido ameaças de líderes<br />
políticos por suas matérias, foi morto a tiros.<br />
Em fevereiro, a jornalista Malini<br />
Subramaniam foi obrigada a abandonar<br />
Bastar após um ataque feito à sua casa e<br />
devido à polícia pressionar o proprietário do<br />
imóvel. Outro jornalista, Prabhat Singh, foi<br />
preso por compartilhar uma mensagem<br />
online que zombava de um policial sênior de<br />
Bastar. Bela Bhatia, uma pesquisadora e<br />
ativista, sofreu intimidação e assédio de<br />
grupos paramilitares em Bastar. A ativista<br />
adivasi Soni Sori sofreu um ataque no qual<br />
agressores não identificados jogaram uma<br />
substância química em seu rosto. Um grupo<br />
de advogados e advogadas defensores de<br />
direitos humanos que prestavam<br />
aconselhamento jurídico gratuito a pessoas<br />
da etnia adivasi detidas preventivamente<br />
também foram obrigados a deixarem suas<br />
casa em Jagdalpur, no estado de<br />
Chhattisgarh, após a polícia ter pressionado<br />
os proprietários dos imóveis.<br />
O jornalista Santosh Yadav, que foi preso<br />
em 2015 com base em acusações políticas,<br />
continuava preso até o fim do ano.<br />
Em junho, a polícia do estado de Tamil<br />
Nadu prendeu o autor dalit Durai Guna e o<br />
ativista Boopathy Karthikeyan por falsas<br />
acusações de agressão. Em julho, a polícia<br />
prendeu os ativistas ambientalistas Eesan<br />
Karthik, Muthu Selvan e Piyush Sethia por<br />
protestarem contra a construção de uma<br />
ponte ferroviária.<br />
Irom Sharmila pôs fim à sua greve de fome<br />
de 16 anos em protesto contra o Ato das<br />
Forças Armadas (Poderes Especiais) em<br />
agosto. Ela foi liberada da detenção, e um<br />
tribunal local rejeitou as acusações de<br />
tentativa de suicídio feitas a ela. Irom<br />
Sharmilla era prisoneira de consciência.<br />
Em outubro, integrantes da polícia e de<br />
forças de segurança em Chhattisgarh<br />
queimaram imagens de defensores de<br />
direitos humanos, após alguns oficiais<br />
militares terem sido condenados por<br />
atacarem e queimarem residências adivasi<br />
em Tadmetla, Chhattisgarh, em 2011.<br />
JAMMU E CAXEMIRA<br />
O assassinato de um líder do grupo armado<br />
Hizbul Mujahideen em julho desencadeou<br />
146 Anistia Internacional Informe 2016/17