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ANISTIA INTERNACIONAL

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MUDANÇAS LEGAIS, CONSTITUCIONAIS<br />

OU INSTITUCIONAIS<br />

Em fevereiro, uma política de 2007 que<br />

limitava os esforços do governo para buscar<br />

clemência em nome dos canadenses<br />

condenados à morte em países estrangeiros<br />

foi revertida.<br />

Em março, o CESCR da ONU pediu que o<br />

Canadá reconhecesse que os direitos<br />

econômicos, sociais e culturais são<br />

integralmente passíveis de julgamento.<br />

Em abril, o governo aprovou uma venda de<br />

15 bilhões de dólares canadenses de<br />

veículos com blindagem leve para a Arábia<br />

Saudita, apesar das preocupações com os<br />

direitos humanos. Um compromisso de 2015<br />

de participar do Tratado de Comércio de<br />

Armas da ONU não foi cumprido.<br />

Em maio, o governo anunciou planos para<br />

aderir ao Protocolo Opcional da Convenção<br />

da ONU contra Tortura, lançando consultas<br />

com os governos das províncias e dos<br />

territórios.<br />

Ainda em maio, o governo introduziu uma<br />

legislação adicionando a proibição da<br />

discriminação baseada na identidade e<br />

expressão de gênero na Lei de Direitos<br />

Humanos do Canadá e nas leis relacionadas<br />

a crimes de ódio no Código Penal.<br />

CATAR<br />

Estado do Catar<br />

Chefe de estado: Sheikh Tamim bin Hamad bin Khalifa<br />

Al Thani<br />

Chefe de governo: Sheikh Tamim bin Hamad bin<br />

Khalifa Al Thani<br />

As autoridades restringiram indevidamente<br />

os direitos à liberdade de expressão,<br />

associação e reunião pacífica. Um<br />

prisioneiro de consciência foi perdoado e<br />

libertado. Trabalhadores migrantes<br />

enfrentaram exploração e abusos. A<br />

discriminação contra as mulheres continuou<br />

presente na legislação e na prática. Os<br />

tribunais impuseram penas de morte, mas<br />

nenhuma execução foi informada.<br />

INFORMAÇÕES GERAIS<br />

O Catar continuou sendo parte da coalizão<br />

internacional liderada pela Arábia Saudita<br />

envolvida no conflito armado no Iêmen<br />

(consulte a entrada sobre o Iêmen).<br />

LIBERDADES DE EXPRESSÃO,<br />

ASSOCIAÇÃO E MANIFESTAÇÃO<br />

As autoridades continuaram a restringir<br />

indevidamente os direitos à liberdade de<br />

expressão, associação e manifestação<br />

pacífica. As autoridades não permitiram a<br />

existência de partidos políticos<br />

independentes, e associações trabalhistas só<br />

foram permitidas para os cidadãos se<br />

atendessem a critérios estritos. Aglomerações<br />

públicas sem autorização foram dispersadas,<br />

e as leis que criminalizam expressões<br />

consideradas ofensivas ao Emir foram<br />

mantidas.<br />

O poeta e prisioneiro de consciência<br />

Mohammed al-Ajami (também conhecido<br />

como Dheeb) foi solto em 15 de março com<br />

um perdão incondicional concedido pelo<br />

Emir. Ele estava cumprindo uma sentença de<br />

quinze anos de prisão imposta em 2012 por<br />

escrever e recitar poemas considerados<br />

ofensivos ao Emir e ao Estado.<br />

O site de notícias independente Doha<br />

News foi bloqueado no Catar por “problemas<br />

de licença”. O Doha News faz jornalismo<br />

independente e cobriu assuntos sensíveis no<br />

Catar, o que provavelmente levou ao seu<br />

bloqueio pelos dois provedores de internet<br />

locais.<br />

TORTURA E OUTROS MAUS-TRATOS<br />

Em 2 de maio, o Tribunal de Cassação da<br />

capital, Doha, confirmou a condenação e a<br />

sentença de quinze anos imposta ao cidadão<br />

filipino Ronaldo Lopez Ulep por espionagem.<br />

Sua condenação em 2014 se baseou, em<br />

grande parte, numa “confissão” em árabe,<br />

um idioma que ele não sabe ler, sem<br />

nenhuma investigação sobre sua alegação de<br />

que agentes de segurança o forçaram a<br />

assinar a “confissão” com tortura e outros<br />

maus-tratos. O Tribunal de Apelação, que<br />

reduziu a sentença original de prisão<br />

Anistia Internacional Informe 2016/17 89

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