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ANISTIA INTERNACIONAL

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janeiro, de que a legislação sobre a pena de<br />

morte da Flórida era inconstitucional por dar<br />

ao júri apenas um papel de aconselhamento<br />

em relação a quem deveria ser condenado à<br />

morte. O legislativo da Flórida aprovou uma<br />

nova lei mas, em outubro, a Suprema Corte<br />

da Flórida decidiu pela sua<br />

inconstitucionalidade por não exigir a<br />

unanimidade entre os membros do júri na<br />

condenação à morte. Em dezembro, a<br />

Suprema Corte da Florida decidiu que o<br />

veredito de Hurst se aplicava àqueles no<br />

corredor da morte - mais de 200 de cerca de<br />

400 - cujas sentenças de morte ainda não<br />

haviam sido cumpridas com recurso<br />

obrigatório em 2002. Eles podiam ser<br />

elegíveis a novas audiências como resultado<br />

disso.<br />

Em agosto, a Suprema Corte de Delaware<br />

derrubou a legislação sobre a pena de morte<br />

no estado, na esteira do caso Hurst v.<br />

Florida, porque dava aos juízes o poder final<br />

para decidir se a acusação tinha provado<br />

todos os fatos necessários para impor a pena<br />

de morte. O promotor geral de Delaware<br />

anunciou que não apelaria da decisão.<br />

Os estados continuaram a enfrentar<br />

dificuldades com os protocolos das injeções<br />

letais e a aquisição de drogas. A Louisiana<br />

não realizará nenhuma execução em 2017<br />

devido aos processos na vara federal relativos<br />

ao seu protocolo de injeções letais. Ohio<br />

enfrentou problemas com o fornecimento<br />

drogas de injeções letais e não houve<br />

execuções no estado pelo segundo ano<br />

seguido. Em março, a Suprema Corte de<br />

Ohio decidiu, por 4 votos a 3, que o estado<br />

poderia tentar executar Romell Broom pela<br />

segunda vez. A primeira tentativa, em 2009,<br />

foi abandonada depois que a equipe<br />

responsável pela injeção letal não conseguiu<br />

estabelecer uma linha intravenosa após duas<br />

horas de tentativas. A data da execução de<br />

Romell Broom não tinha sido marcada até o<br />

fim do ano.<br />

A Suprema Corte dos EUA interveio em<br />

diversos casos de pena de morte. Em março,<br />

concedeu ao preso no corredor da morte<br />

Michael Wearry um novo julgamento, 14<br />

anos após sua condenação. A Corte decidiu<br />

que a má conduta da promotoria, que incluiu<br />

a retenção de provas exculpatórias, violou o<br />

direito de Michael Wearry de ter um<br />

julgamento justo. Em maio, concedeu ao<br />

preso no corredor da morte Timothy Foster,<br />

na Geórgia, um novo julgamento por conta<br />

de discriminação racial na seleção do júri.<br />

Timothy Foster, afrodescendente, foi<br />

condenado à morte por um júri composto<br />

apenas por pessoas brancas, depois que a<br />

promotoria excluiu peremptoriamente todos<br />

os possíveis jurados negros da seleção.<br />

Em agosto, o Cáucus Hispânico Nacional<br />

dos Legisladores Estaduais aprovou<br />

esmagadoramente a resolução que pedia a<br />

abolição da pena de morte em todo o país. A<br />

resolução citou a discriminação racial,<br />

ineficácia, custo e risco de erros.<br />

Em abril, Gary Tyler foi solto depois de 42<br />

anos na prisão em Louisiana.<br />

Afrodescendente, ele tinha sido condenado à<br />

morte por matar com um tiro um menino<br />

branco de 13 anos em 1974, durante uma<br />

rebelião contra integração escolar. Gary Tyler,<br />

que tinha 16 anos na época do assassinato,<br />

foi condenado à morte por um júri totalmente<br />

branco. Sua pena de morte foi revogada<br />

depois de a Suprema Corte dos EUA ter<br />

considerado a legislação da pena de morte<br />

obrigatória da Louisiana inconstitucional em<br />

1976, e sua prisão perpétua foi revogada<br />

depois que a Corte, em 2012, proibiu prisões<br />

perpétuas sem condicional para crimes<br />

cometidos por menores de 18 anos. A<br />

promotoria concordou em anular a<br />

condenação por homicídio doloso, permitiu<br />

que ele se declarasse culpado de homicídio<br />

culposo e recebesse uma pena máxima de<br />

21 anos, menos da metade do tempo que já<br />

tinha cumprido. 4<br />

1. USA: From ill-treatment to unfair trial − the case of Mohamed Jawad,<br />

child ‘enemy combatant’ (AMR 51/091/2008)<br />

2. USA: Chronicle of immunity foretold (AMR 51/003/2013)<br />

3. USA: Tennessee ‘Fetal Assault’ Law − a Threat to Women’s Health and<br />

Human Rights (AMR 51/3623/2016)<br />

4. USA: The Case of Gary Tyler, Louisiana (AMR 51/089/1994) and USA:<br />

Louisiana: Unfair Trial: Gary Tyler (AMR 51/182/2007)<br />

124 Anistia Internacional Informe 2016/17

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