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ANISTIA INTERNACIONAL

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causar violações de direitos humanos,<br />

segundo relatos da imprensa.<br />

USO DE FORÇA EXCESSIVA E<br />

EXECUÇÕES EXTRAJUDICIAIS<br />

Membros das forças de segurança foram<br />

acusados de violações de direitos humanos<br />

durante operações para combater o crime<br />

organizado. Em abril, a Procuradoria do<br />

Escritório de Direitos Humanos relatou que<br />

tanto a polícia civil quanto a militar haviam<br />

usado de força excessiva e cometido<br />

assassinatos extrajudiciais durante duas<br />

operações de segurança em 2015. A<br />

Procuradoria também foi citada na imprensa<br />

afirmando que outros casos similares<br />

estavam sob investigação.<br />

DIREITOS DAS MULHERES<br />

As ameaças aos direitos das mulheres<br />

continuaram. A proibição total do aborto<br />

permaneceu em vigor mesmo em casos de<br />

estupro ou quando há risco para a vida da<br />

mulher.<br />

Em maio, María Teresa Rivera foi libertada<br />

após ficar presa durante quatros anos,<br />

condenada por homicídio agravado após<br />

sofrer um aborto espontâneo. O juiz ordenou<br />

que María Teresa Rivera fosse liberta após<br />

reavaliar a sua sentença, julgando que as<br />

provas contra ela eram insuficientes. 1 Mais<br />

de 20 mulheres permanecem presas,<br />

cumprindo longas penas após sofrerem<br />

complicações relacionadas à gestação ou<br />

emergências obstétricas.<br />

Em julho, uma nova proposta apresentada<br />

por um grupo de parlamentares do principal<br />

partido de oposição, a Alianza Republicana<br />

Nacionalista (ARENA), buscou aumentar as<br />

sentenças da pena máxima de oito anos para<br />

o máximo de 50 anos para abortos. Até o<br />

final do ano, a reforma ainda não havia sido<br />

aprovada. 2<br />

Em outubro, parlamentares membros do<br />

partido governista, Frente Farabundo Martί<br />

para la Liberación Nacional (FMLN),<br />

apresentaram uma proposta para<br />

descriminalizar o aborto em quatro<br />

circunstâncias, incluindo situações em que a<br />

vida da mulher está em risco ou quando a<br />

gravidez é consequência de um estupro. A<br />

reforma ainda não havia sido aprovada até o<br />

final do ano.<br />

Os níveis de violência baseada em gênero<br />

foram altos. No período entre janeiro e julho,<br />

338 mulheres foram mortas; o número<br />

correspondente de 2015 foi de 249<br />

mulheres, segundo registros oficiais.<br />

DEFENSORES E DEFENSORAS DOS<br />

DIREITOS HUMANOS<br />

Em agosto, a defensora dos direitos<br />

humanos, Sonia Sánchez Pérez, foi absolvida<br />

de todas as acusações. Seu julgamento<br />

resultou de um processo movido contra ela<br />

por uma empresa privada, que a acusou de<br />

calúnia e difamação por suas afirmações<br />

sobre o impacto ambiental do projeto de<br />

infraestrutura da empresa na sua<br />

comunidade. Ela também havia denunciado<br />

as ameaças que havia sofrido por parte dos<br />

seguranças particulares da empresa. A<br />

empresa entrou com um apelo da decisão.<br />

DIREITOS DE MIGRANTES<br />

Muitos daqueles que buscaram deixar o país<br />

o fizeram para fugir dos efeitos cada vez mais<br />

presentes do controle das gangues<br />

criminosas sobre áreas do país e, como<br />

consequência, o impacto desse controle nos<br />

direitos à vida, à integridade física, à<br />

educação e à liberdade de ir e vir da<br />

população local.<br />

A população LGBTI foi alvo frequente de<br />

abusos, intimidação e violência, devido à sua<br />

orientação sexual e/ou identidade de gênero.<br />

Isso ocorre especialmente com as mulheres<br />

transgênero que muitas vezes enfrentam<br />

barreiras ainda maiores para ter accesso à<br />

justiça devido à discriminação, ficando assim<br />

suscetíveis à extorsão e violência por parte<br />

das gangues. Sem uma forma de buscar<br />

proteção ou justiça, muitas pessoas LGBTI<br />

fugiram do país como a única forma de<br />

escapar da violência.<br />

A deportação de salvadorenhos,<br />

principalmente do México, aumentou. No<br />

entanto, El Salvador não tem um protocolo ou<br />

mecanismo eficaz estabelecido que possa<br />

identificar e proteger aqueles que tiveram um<br />

114 Anistia Internacional Informe 2016/17

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