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ANISTIA INTERNACIONAL

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no Twitter com críticas ao governo do estado<br />

de Katsina.<br />

No início de setembro, o editor Emenike<br />

Iroegbu foi preso em Uyo, no estado de Akwa<br />

Ibom, por suposta difamação.<br />

Em 5 de setembro, Ahmed Salkida, um<br />

jornalista nigeriano radicado nos Emirados<br />

Árabes Unidos foi declarado procurado pelos<br />

militares e, depois, preso pelos serviços de<br />

segurança estaduais na chegada à Nigéria.<br />

Ele estava entre três pessoas presas e<br />

detidas por um curto período por suspeita de<br />

ligação com o Boko Haram e por facilitar a<br />

liberação do vídeo do Boko Haram sobre as<br />

meninas sequestradas de Chibok.<br />

Posteriormente ele foi solto, mas seu<br />

passaporte continuou confiscado.<br />

LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO<br />

As forças de segurança interromperam<br />

protestos e manifestações pacíficas, em<br />

alguns casos de forma violenta e com uso<br />

excessivo da força. Em 6 de setembro, a<br />

polícia conteve membros do movimento<br />

Traga Nossas Meninas de Volta (Bring Back<br />

Our Girls). Eles enviaram notificação sobre o<br />

protesto e se reuniram pacificamente do lado<br />

de fora do escritório e residência do<br />

presidente em Abuja para exigir a libertação<br />

das meninas raptadas de Chibok.<br />

Em 22 de setembro, em Abuja, a polícia<br />

disparou bombas de gás lacrimogêneo para<br />

dispersar um protesto pacífico do Movimento<br />

Islâmico na Nigéria, resultando em alguns<br />

pequenos ferimentos.<br />

Um grupo de apoiadores da<br />

independência de Biafra foi detido – muitos<br />

deles desde o final de janeiro – por tentarem<br />

realizar ou participar de reuniões pacíficas.<br />

Em várias ocasiões, as forças de segurança<br />

usaram força excessiva contra ativistas pro-<br />

Biafra em todo o sudeste da Nigéria.<br />

ASSASSINATOS ILEGAIS<br />

Os militares ocuparam 30 dos 36 estados da<br />

Nigéria e o território da capital federal de<br />

Abuja, aonde realizavam funções de<br />

policiamento de rotina, incluindo de<br />

manifestações pacíficas. A ocupação militar<br />

para vigiar manifestações públicas contribuiu<br />

para o número de execuções extrajudiciais e<br />

homicídios. Desde janeiro, em resposta à<br />

agitação contínua de ativistas pró-Biafra, as<br />

forças de segurança arbitrariamente<br />

prenderam e mataram pelo menos 100<br />

membros e simpatizantes do grupo Pessoas<br />

Indígenas de Biafra (IPOB, na sigla em<br />

inglês). Alguns desses presos foram<br />

submetidos a desaparecimentos forçados.<br />

Em 9 de fevereiro, soldados e agentes de<br />

polícia atiraram em cerca de 200 membros<br />

IPOB que haviam se reunido para uma<br />

oração no Colégio Nacional na Aba, no<br />

estado de Abia. Imagens de vídeo mostraram<br />

soldados atirando em membros do IPOB<br />

pacíficos e desarmados; pelo menos 17<br />

pessoas foram mortas e muitas ficaram<br />

feridas.<br />

Nos dias 29 e 30 de maio, pelo menos 60<br />

pessoas foram mortas em uma operação de<br />

segurança conjunta realizada pelo exército, a<br />

polícia, o Departamento de Segurança do<br />

Estado e a Marinha. Ativistas pró-Biafra se<br />

reuniram para celebrar o Dia da Lembrança<br />

de Biafra em Onitsha. Não foi iniciada<br />

nenhuma investigação relacionada a esses<br />

assassinatos até o final do ano.<br />

DESAPARECIMENTOS FORÇADOS<br />

Em 3 de abril, Chijioke Mba foi preso pela<br />

unidade antissequestro das forças policiais<br />

em Enugu, por pertencer a uma sociedade<br />

ilegal. Sua família e advogado não o viram<br />

mais desde maio.<br />

Em 16 de agosto, Sunday Chucks Obasi<br />

foi sequestrado de sua casa em Amuko<br />

Nnewi, no estado de Anambra, por cinco<br />

homens armados suspeitos de serem<br />

agentes de segurança da Nigéria em um<br />

veículo com placa de registro do governo.<br />

Testemunhas disseram que ele foi ferido<br />

durante o incidente. Seu paradeiro<br />

permanece desconhecido até o momento.<br />

TORTURA E OUTROS MAUS-TRATOS<br />

A polícia e os militares continuaram a<br />

cometer tortura e outros maus-tratos durante<br />

o interrogatório de suspeitos ou detidos para<br />

extrair informações e supostas confissões. O<br />

Esquadrão Especial Antirroubo (SARS) da<br />

Anistia Internacional Informe 2016/17 187

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