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ANISTIA INTERNACIONAL

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problema, principalmente em Mogadíscio. O<br />

governo e proprietários de terras removeram<br />

forçosamente aproximadamente 31 mil<br />

pessoas nos distritos de Deynile, Dharkeinly,<br />

Hamar Weyne, Heliwa, Hodan, Kaxdae<br />

Wardhigley em Mogadíscio na primeira<br />

metade do ano. Mais de 14 mil pessoas<br />

sofreram remoção forçada apenas em<br />

janeiro. A maioria das pessoas removidas<br />

mudou para locais isolados e perigosos na<br />

periferia da capital, onde os serviços sociais<br />

eram limitados ou inexistentes e as<br />

condições de moradia eram deploráveis.<br />

LIBERDADE DE EXPRESSÃO<br />

Jornalistas e profissionais da mídia<br />

continuaram a ser intimidados, hostilizados e<br />

atacados. Dois jornalistas foram<br />

assassinados. Em 4 de junho, atiradores não<br />

identificados mataram a tiros Sagal Salad<br />

Osman, uma jornalista da rádio e canal de<br />

televisão estatal. Em 27 de setembro em<br />

Mogadíscio, dois assaltantes mataram o<br />

jornalista Abdiasis Mohamed Ali da Radio<br />

Shabelle. Várias empresas de mídia foram<br />

fechadas. Em 9 de julho, a polícia invadiu as<br />

instalações da City FM, fechou a rádio e<br />

prendeu o editor chefe Abdishakur Abdullahi<br />

Ahmed e o vice-editor chefe, Abdirahman<br />

Hussein Omar Wadani. Equipamentos da<br />

rádio também foram confiscados. No dia 13<br />

de agosto, policiais da região de Beledweyn<br />

detiveram o jornalista autônomo, Ali Dahir<br />

Herow. O al-Shabaab continuou a repressão<br />

à mídia e manteve a proibição da internet<br />

nas áreas sob o seu controle.<br />

Na Somalilândia, onde não há uma lei<br />

atuante relacionada à mídia que proteja<br />

jornalistas, a liberdade da mídia também foi<br />

restringida. O governo restringiu a liberdade<br />

de expressão daqueles que criticaram suas<br />

políticas. Até o mês de outubro, nove<br />

jornalistas foram presos por causa do<br />

trabalho que fizeram, e sete destes<br />

enfrentaram julgamentos de processos<br />

criminais. No dia 25 de maio, Ahmed Mouse<br />

Sakaaro, um jornalista de Burao, foi preso e<br />

acusado de incitação à violência. Em junho,<br />

policiais prenderam o editor do jornal<br />

independente Foore, Abdirashid Abdiwahaab<br />

Ibraahim, e o editor chefe, Mohamed<br />

Mahamoud Yousuf, pela cobertura de um<br />

acordo sobre a gestão do porto de Berbera<br />

entre o governo da Somalilândia e uma<br />

empresa privada estrangeira. Também em<br />

maio, dois jornalistas – Cabdirashid Nuur<br />

Wacays e Siciid Khadar, dono e editor-chefe<br />

do jornal Husbad, respectivamente – foram<br />

presos e o jornal foi fechado. Além disso, o<br />

governo suspendeu a publicação do jornal<br />

Haartif, a justiça revogou sua licença e a<br />

polícia ocupou suas instalações.<br />

PENA DE MORTE<br />

A Somália continuou a aplicar a pena de<br />

morte apesar de apoiar a resolução da<br />

Assembleia Geral da ONU sobre uma<br />

moratória da pena de morte. Poucas<br />

execuções foram reportadas, mas o Tribunal<br />

Militar condenou pessoas à morte através de<br />

processos que não seguiram padrões<br />

internacionais de julgamentos justos. Entre<br />

aqueles condenados à morte estava um exjornalista<br />

acusado de ajudar a al-Shabaab a<br />

matar cinco colegas repórteres. Em 14 de<br />

agosto, um tribunal militar de Puntland<br />

ordenou a execução por fuzilamento de um<br />

oficial do exército na cidade de Garowe. Não<br />

se sabe se a execução foi realizada.<br />

Na Somalilândia, seis prisioneiros do<br />

complexo de segurança máxima Mandera<br />

foram executados em janeiro. Em 25 de<br />

julho, um tribunal civil em Berbera condenou<br />

oito homens à morte. Tribunais civis<br />

continuaram a impor penas de morte e pelo<br />

menos 50 pessoas estavam no corredor da<br />

morte até o final do ano.<br />

SUDÃO<br />

República do Sudão<br />

Chefe de estado e de governo: Omar Hassan Ahmed al-<br />

Bashir<br />

As autoridades se recusaram a executar<br />

mandados de prisão emitidos pelo Tribunal<br />

Penal Internacional (TPI). A situação<br />

humanitária e de segurança nos estados de<br />

Darfur, Nilo Azul e Cordofão do Sul<br />

226 Anistia Internacional Informe 2016/17

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