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ANISTIA INTERNACIONAL

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frequência, o governo comprometeu sua<br />

obrigação de buscar os responsáveis com<br />

medidas como detenções secretas e<br />

arbitrárias. A falta de proteção para ativistas<br />

pacíficos foi realçada por ataques pelos quais<br />

ninguém foi responsabilizado, como o<br />

assassinato brutal de Xulhaz Mannan, editor<br />

de uma revista LGBTI, e seu amigo Tanay<br />

Mojumdar. Ativistas de direitos humanos que<br />

foram ameaçados da mesma forma disseram<br />

que a polícia não proporcionou proteção<br />

suficiente, enquanto outros relutavam em<br />

abordar a polícia, com medo de serem<br />

acusados ou hostilizados.<br />

No Sri Lanka, as pessoas LGBTI<br />

enfrentaram hostilidades, discriminação e<br />

violência. Os altos níveis de impunidade<br />

persistiram para perpetradores de violência<br />

contra mulheres e meninas, inclusive estupro<br />

por militares, e iniciativas inadequadas foram<br />

tomadas para lidar com a violência<br />

doméstica. Os tâmeis reclamaram de<br />

discriminação, vigilância e hostilidade pela<br />

polícia, que suspeitava que tivessem ligações<br />

com o TLTE. O Comitê para a Eliminação da<br />

Discriminação Racial concluiu que a Lei de<br />

Combate ao Terrorismo do Sri Lanka foi<br />

usada de modo desproporcional contra os<br />

tâmeis. Os cristãos e muçulmanos foram,<br />

segundo relatos, hostilizados, ameaçados e<br />

atacados, inclusive por apoiadores de grupos<br />

políticos cingaleses linha dura. A polícia não<br />

agiu, ou culpou as minorias religiosas por<br />

incitar os oponentes à violência.<br />

SUDESTE DA ÁSIA E<br />

OCEANIA<br />

DEFENSORES E DEFENSORAS DOS<br />

DIREITOS HUMANOS<br />

Defensores e defensoras dos direitos<br />

humanos foram ameaçados no Camboja,<br />

Malásia, Tailândia, Vietnã e em outros países,<br />

também pelo uso cada vez maior de leis<br />

novas ou existentes para criminalizar<br />

manifestações online.<br />

Na Tailândia, a repressão contínua da<br />

dissidência pacífica desde o golpe militar de<br />

2014 criou um ambiente em que poucos<br />

ousam criticar as autoridades em público. Os<br />

defensores dos direitos humanos foram<br />

acusados de difamação criminosa por<br />

denunciar violações ou apoiar pessoas e<br />

comunidades vulneráveis. O governo agiu<br />

para calar o debate antes de um referendo<br />

sobre um projeto de Constituição. Um<br />

exemplo: cerca de doze pessoas que<br />

comentaram sobre a proposta de<br />

Constituição no Facebook foram detidas ou<br />

acusadas e ficaram sujeitas a até dez anos<br />

de prisão, de acordo com um novo decreto<br />

draconiano do governo.<br />

A repressão das liberdades de expressão,<br />

associação e manifestação pacífica se<br />

intensificou antes das eleições no Camboja,<br />

previstas para 2017/2018, e as autoridades<br />

abusaram cada vez mais do sistema jurídico<br />

criminal. As forças de segurança hostilizaram<br />

e puniram a sociedade civil em tentativas de<br />

silenciar os críticos. Os defensores dos<br />

direitos humanos foram ameaçados, presos e<br />

detidos por seu trabalho pacífico. A oposição<br />

política foi perseguida, com ativistas e<br />

políticos eleitos aprisionados após<br />

julgamentos injustos. As autoridades<br />

continuaram a dificultar protestos pacíficos.<br />

Na Malásia, tentativas de calar a<br />

dissidência pacífica e a liberdade de<br />

expressão incluíram o uso arraigado da<br />

legislação de segurança nacional e outras leis<br />

restritivas. Rafizi Ramli, parlamentar que<br />

expôs informações sobre um grande<br />

esquema de corrupção, foi condenado a 18<br />

meses de prisão. Jornalistas do site de<br />

notícias Malaysiakini foram intimidados e<br />

ameaçados por vigilantes. No fim do ano, o<br />

portal de notícias foi forçado a fechar.<br />

No Vietnã, os defensores dos direitos<br />

humanos enfrentaram ataques e ameaças.<br />

Prisioneiros de consciência foram mantidos<br />

em prisões e centros de detenção e<br />

submetidos a desaparecimento forçado,<br />

tortura e outros maus-tratos, inclusive tortura<br />

com eletricidade, espancamentos brutais,<br />

confinamento prolongado na solitária,<br />

algumas vezes na escuridão e silêncio totais,<br />

além da negação de tratamento médico.<br />

As autoridades vietnamitas também<br />

fiscalizaram a repressão de manifestantes<br />

38 Anistia Internacional Informe 2016/17

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