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ANISTIA INTERNACIONAL

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detenção na delegacia de polícia de<br />

Omonoia. Uma investigação criminal e uma<br />

disciplinar foram solicitadas para averiguar o<br />

incidente.<br />

A ONG nacional Greek Helsinki Monitor<br />

(GHM) relatou que três homens de etnia<br />

cigana (ou Roma) foram agredidos pela<br />

polícia durante sua prisão e detenção em<br />

uma delegacia no oeste de Atenas em<br />

outubro. Um dos homens sofreu um infarto e<br />

foi hospitalizado com lesões graves. Apesar<br />

dos pedidos das vítimas e da GHM, não foi<br />

feito exame de corpo e delito. A GHM fez<br />

uma denúncia de tortura e violação de<br />

direitos ao Promotor de Atenas responsável<br />

por investigar crimes de ódio.<br />

Durante o mesmo mês, um tribunal em<br />

Tessalônica condenou 12 agentes do sistema<br />

prisional por torturar e causar lesões<br />

corporais graves a Ilia Karelli, um albanês<br />

encontrado morto em sua cela na prisão de<br />

Nigrita, em março de 2014. Eles receberam<br />

sentenças variando entre cinco e sete anos<br />

de prisão.<br />

Em dezembro, o Parlamento adotou uma<br />

lei designando a autoridade independente do<br />

Ombudsman grego para servir como<br />

mecanismo de recebimento de denúncias<br />

sobre a atuação da polícia nacional. O<br />

mecanismo tem o poder de realizar suas<br />

próprias investigações, mas suas<br />

recomendações aos órgãos disciplinares das<br />

forças de segurança não são vinculantes.<br />

CONDIÇÕES PRISIONAIS<br />

As condições das prisões continuaram<br />

causando sérias preocupações. Após a<br />

análise de nove casos de pessoas privadas<br />

de liberdade em espaços de detenção<br />

localizados em Larissa, Tessalônica, Trikala e<br />

Komotini foi considerado que a Grécia estava<br />

violando a Convenção Europeia sobre Direitos<br />

Humanos devido às suas condições<br />

prisionais precárias e/ou à falta de soluções<br />

eficazes para melhorar essas condições.<br />

DISCRIMINAÇÃO — POPULAÇÃO<br />

CIGANA<br />

Em agosto, o Comitê das Nações Unidas<br />

para a Eliminação da Discriminação Racial<br />

expressou preocupação sobre a situação da<br />

população cigana na Grécia em relação aos<br />

obstáculos que enfrentam para ter acesso a<br />

serviços básicos como educação e moradia,<br />

por serem frequentemente sujeitos a<br />

verificações de identidade e vítimas de<br />

violência policial.<br />

RACISMO<br />

Continuaram a ser documentados ataques de<br />

ódio contra pessoas que pertencem a grupos<br />

vulneráveis, incluindo pessoas refugiadas,<br />

solicitantes de refúgio e migrantes.<br />

Em julho, uma ocupação que abrigava<br />

pessoas refugiadas em Atenas foi alvo de um<br />

incêndio criminoso cometido por membros<br />

de um grupo de extrema direita. Os<br />

criminosos não haviam sido identificados até<br />

o final do ano.<br />

Em novembro, suspeitos de integrarem<br />

um grupo de extrema direita atacaram<br />

pessoas refugiadas no campo de Souda, na<br />

Ilha de Chios, ferindo pelo menos duas<br />

pessoas. Dois ativistas que tentaram ajudar<br />

também foram atacados e, posteriormente,<br />

hospitalizados. Foi iniciada uma investigação<br />

criminal sobre os incidentes.<br />

No final de novembro, um tribunal em<br />

Piraeus recusou o recurso movido pelo réu e<br />

manteve a decisão do julgamento em<br />

primeira instância de um caso em que quatro<br />

homens foram considerados culpados de<br />

sequestrar, roubar e causar lesões corporais<br />

graves a um trabalhador egípcio migrante<br />

chamado Walid Taleb, em 2012.<br />

O julgamento de líderes e membros do<br />

Aurora Dourada, um partido político de<br />

extrema direita, acusados pelo assassinato<br />

de Pavlos Fyssas em 2013 e por fundarem<br />

uma organização criminosa, não havia<br />

terminado até o final do ano.<br />

DIREITOS LGBTI<br />

Em maio, o ministério da justiça estabeleceu<br />

um comitê preliminar para elaborar um<br />

projeto de lei que permita o reconhecimento<br />

legal da identidade de gênero das pessoas<br />

transgênero por meio de um processo<br />

administrativo mesmo que elas não tenham<br />

passado por cirurgia de redesignação sexual.<br />

130 Anistia Internacional Informe 2016/17

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