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ANISTIA INTERNACIONAL

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Comissariado da ONU para Direitos<br />

Humanos disse que o governo e forças<br />

aliadas tinham entrado em casas de civis e<br />

cometido assassinatos sumários conforme<br />

avançaram ao leste de Aleppo e que, de<br />

acordo com as “várias fontes”, eles mataram<br />

pelo menos 82 civis, entre eles 13 crianças,<br />

em 12 de dezembro.<br />

DIREITOS DAS MULHERES<br />

Em 15 de junho, a Comissão de Inquérito<br />

independente determinou que milhares de<br />

mulheres e meninas yazidi fossem<br />

transferidas à força por forças do Estado<br />

Islâmico de Sinjar para a Síria, vendidas em<br />

mercados e escravizadas, inclusive<br />

sexualmente. Muitas mulheres e meninas<br />

foram submetidas a violência sexual,<br />

estupros e outras formas de tortura.<br />

Mulheres e meninas que fossem pegas<br />

tentando escapar eram submetidas a<br />

estupros coletivos e outros tipos de tortura ou<br />

punição rigorosa. Uma mulher disse que o<br />

combatente que a comprou matou vários de<br />

seus filhos e a estuprou diversas vezes<br />

depois que ela tentou fugir.<br />

PENA DE MORTE<br />

A pena de morte continuou em vigor para<br />

muitos crimes. As autoridades divulgaram<br />

poucas informações sobre as penas de morte<br />

e nenhuma sobre execuções.<br />

1. “It breaks the human”: “It breaks the human”: Torture, disease and<br />

death in Syria’s prisons (MDE 24/4508/2016)<br />

SOMÁLIA<br />

República Federal da Somália<br />

Chefe de estado: Hassan Sheikh Mohamud<br />

Chefe de governo: Omar Abdirashid Ali Sharmarke<br />

Chefe da República Somalilândia: Ahmed Mohamed<br />

Mahamoud Silyano<br />

O conflito armado continua na região<br />

central e sul da Somália entre as forças do<br />

Governo Federal da Somália (SFG), os<br />

mantenedores de paz da Missão da União<br />

Africana na Somália (AMISOM), e o grupo<br />

armado al-Shabaab. As áreas controladas<br />

pelas forças do SFG e AMISOM nas regiões<br />

centro-sul continuaram ainda sob seus<br />

controles. Mais de 50 mil civis foram<br />

mortos, feridos, ou deslocados como<br />

resultado do conflito armado e da violência<br />

generalizada. Todas as partes envolvidas no<br />

conflito foram responsáveis por violações de<br />

direitos humanos e das leis humanitárias<br />

internacionais, inclusive crimes de guerra.<br />

Não houve nenhuma responsabilização por<br />

essas violações. Grupos armados continuam<br />

a recrutar crianças e sequestrar, torturar e<br />

matar civis. Estupro e outros crimes de<br />

violência sexual foram cometidos<br />

amplamente. O conflito, insegurança e<br />

restrições contínuas impostas pelos partidos<br />

em guerra prejudicaram o acesso das<br />

agências de auxílio a algumas regiões.<br />

Aproximadamente 4,7 milhões de pessoas<br />

precisam de assistência humanitária; 950<br />

mil sofreram com a falta de segurança<br />

alimentar. Dezenas de milhares de pessoas<br />

sofreram remoções forçadas. A liberdade de<br />

expressão foi cerceada: dois jornalistas<br />

foram mortos e outros foram atacados,<br />

hostilizados ou multados.<br />

INFORMAÇÕES GERAIS<br />

O SFG e a AMISOM permaneceram no<br />

controle da capital, Mogadíscio. Mantiveram<br />

também o controle das áreas tomadas do al-<br />

Shabaab em 2015 e consolidaram seu<br />

controle através da administração federal em<br />

Galmugud, Jubbaland e estados do Sudeste.<br />

A AMISOM e as Forças Armadas Nacionais<br />

da Somália (SNAF) travaram batalhas<br />

intermitentes com a al-Shabaab porém o<br />

controle do território não mudou. Até o final<br />

de 2016, a al-Shabaab ainda controlava<br />

muitas áreas rurais, especialmente nas<br />

regiões de Bay, Gedo, Lower Shabelle e<br />

Middle Juba. Os conflitos deslocaram mais<br />

pessoas. Os conflitos interclãs e ataques da<br />

al-Shabaab contra civis continuaram,<br />

principalmente em distritos onde havia uma<br />

troca constante de controle entre a AMISOM<br />

e a al-Shabaab. Civis foram mortos e feridos<br />

no fogo cruzado e em ataques direcionados,<br />

e também por granadas, artefatos explosivos<br />

Anistia Internacional Informe 2016/17 223

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