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ANISTIA INTERNACIONAL

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e manifestação pacífica. O blogueiro tibetano<br />

Druklo foi condenado a três anos de prisão<br />

por “incitação ao separatismo”, e por suas<br />

publicações sobre liberdade religiosa e o<br />

Dalai Lama. Na Região Autônoma Uigur de<br />

Xinjiang, o governo continuou a violar o<br />

direito à liberdade de religião, e reprimiu<br />

aglomerações religiosas não autorizadas.<br />

SUL DA ÁSIA<br />

DEFENSORES E DEFENSORAS DOS<br />

DIREITOS HUMANOS<br />

Defensores e defensoras dos direitos<br />

humanos foram alvos de violações em todo o<br />

Sul da Ásia de diversas maneiras. Os<br />

governos usaram leis muito rígidas e novas<br />

leis com o objetivo de censurar a expressão<br />

on-line.<br />

A Índia usou leis repressivas para diminuir<br />

a liberdade de expressão e silenciar os<br />

críticos. A Lei (Regulamentação) de<br />

Contribuição Estrangeira foi usada para<br />

impedir que as organizações da sociedade<br />

civil recebessem fundos do exterior e para<br />

hostilizar ONGs. A lei de sedição, usada<br />

pelos britânicos para impedir a livre<br />

expressão durante a luta pela independência<br />

da Índia, foi usada para hostilizar os críticos.<br />

Defensores dos direitos humanos também<br />

passaram por intimidação e ataques. O<br />

jornalista Karum Mishra foi morto por<br />

homens armados no estado de Uttar<br />

Pradesh, aparentemente por denunciar a<br />

mineração ilegal do solo. Rajdeo Ranjan,<br />

jornalista que enfrentou ameaças de líderes<br />

políticos por seus escritos, também foi morto<br />

a tiros.<br />

Em Jammu e Caxemira, as forças de<br />

segurança usaram força desnecessária ou<br />

excessiva contra os manifestantes. O governo<br />

do estado impôs um toque de recolher por<br />

mais de dois meses. Uma suspensão dos<br />

provedores de serviços privados de internet e<br />

telefonia fixa e móvel enfraqueceu uma série<br />

de direitos. Os residentes disseram que<br />

ficaram impossibilitados de conseguir ajuda<br />

médica de emergência.<br />

Os profissionais de imprensa<br />

paquistaneses encararam perigos<br />

profissionais como raptos, prisões e<br />

detenções arbitrárias, intimidação,<br />

assassinatos e hostilidades por parte de<br />

atores estatais e não estatais. Um ataque de<br />

granada nos escritórios da ARY TV, na capital<br />

Islamabad, foi um dos muitos ataques contra<br />

profissionais da imprensa e à liberdade de<br />

expressão em geral. Panfletos deixados na<br />

cena alegavam que o grupo armado aliado EI<br />

era o responsável.<br />

No Sri Lanka, Sandhya Eknaligoda, mulher<br />

do cartunista dissidente e desaparecido<br />

Prageeth Eknaligoda, sofreu diversas<br />

ameaças e outros tipos de intimidação depois<br />

que a polícia identificou sete suspeitos,<br />

membros da inteligência do exército, ligados<br />

ao seu desaparecimento forçado. Faziam<br />

parte dessa intimidação protestos do lado de<br />

fora do tribunal que julgava o habeas corpus<br />

de seu marido e uma campanha com<br />

cartazes que a acusava de apoiar os Tigres<br />

de Liberação do Tamil Eelam (TLTE).<br />

A liberdade de expressão continuou sob<br />

ataque em Bangladesh, onde as autoridades<br />

ficaram cada vez mais intolerantes com a<br />

imprensa independente e as vozes críticas.<br />

Em meio à situação cada vez pior dos direitos<br />

humanos, um grupo de jornalistas foi preso e<br />

detido de forma arbitrária. A dissidência<br />

pacífica foi suprimida por rígidas leis usadas<br />

para perseguir críticos nas redes sociais. O<br />

ativista e estudante Dilip Roy foi detido por<br />

criticar o primeiro-ministro no Facebook e<br />

pode ser condenado a até catorze anos de<br />

prisão, de acordo com a vaga Lei de<br />

Tecnologia da Informação e Comunicações,<br />

usada pelas autoridades para ameaçar e<br />

punir pessoas que expressaram,<br />

pacificamente, pontos de vista de que não<br />

gostaram.<br />

Nas Maldivas, onde os direitos humanos<br />

têm sido cada vez mais atacados nos últimos<br />

anos, o governo intensificou as agressões às<br />

liberdades de expressão e reunião com a<br />

imposição de restrições arbitrárias para<br />

impedir os protestos. As autoridades também<br />

silenciaram oponentes políticos, defensores<br />

dos direitos humanos e jornalistas usando as<br />

leis que criminalizam discursos, comentários<br />

e outros atos “difamatórios”.<br />

36 Anistia Internacional Informe 2016/17

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