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ANISTIA INTERNACIONAL

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condições nos centros de detenção eram<br />

terríveis devido à alimentação e a cuidados<br />

médicos inadequados, saneamento<br />

insuficiente e superpopulação.<br />

Em setembro, um tribunal de relação de<br />

custódia em Jerusalém declarou inválida a<br />

política do governo de rejeitar<br />

automaticamente as solicitações de<br />

refúgio de desertores do exército da Eritréia,<br />

embora milhares tenham sido rejeitados com<br />

este argumento.<br />

As autoridades garantiram refúgio a um<br />

sudanês pela primeira vez em junho, mas<br />

continuaram a pressionar a deixarem Israel<br />

“voluntariamente” milhares de pessoas em<br />

busca de refúgio da Eritréia e do Sudão,<br />

inclusive as detidas em Holot. Houve o relato<br />

de que mais de 2.500 pessoas concordaram<br />

em partir "voluntariamente" até o final do<br />

ano. O governo recusou-se a divulgar<br />

detalhes sobre seus acordos com as<br />

autoridades de Ruanda e Uganda, em<br />

relação a se incluíam garantias de que as<br />

pessoas em busca de refúgio que deixassem<br />

Israel voluntariamente não estariam correndo<br />

um risco real de sofrer violações graves dos<br />

direitos humanos, violando assim a proibição<br />

de refoulement.<br />

OPOSITORES CONSCIENTES<br />

Pelo menos cinco opositores conscientes ao<br />

serviço militar foram presos. Entre eles estava<br />

Tair Kaminer, que foi mantida por quase seis<br />

meses a mais que qualquer outra mulher<br />

opositora consciente que já havia sido presa.<br />

ITÁLIA<br />

República da Itália<br />

Chefe de estado: Sergio Mattarella<br />

Chefe de governo: Paolo Gentiloni (substituiu Matteo<br />

Renzi em dezembro)<br />

Mais de 4.500 refugiados e migrantes<br />

morreram ou desapareceram na parte<br />

central do Mediterrâneo tentando chegar à<br />

Itália, o maior número de vítimas<br />

registrado. Mais de 181.000 conseguiram<br />

chegar à Itália. A implementação por<br />

autoridades italianas da "abordagem de<br />

ponto crítico" da União Europeia para<br />

identificar e separar refugiados de supostos<br />

migrantes em situação irregular resultou em<br />

casos de uso excessivo da força, detenção<br />

arbitrária e expulsões coletivas. Ciganos<br />

continuaram a sofrer discriminação no<br />

acesso à moradia, com milhares vivendo em<br />

campos segregados e centenas sujeitos a<br />

remoções forçadas. O parlamento aprovou<br />

leis que estabelecem a união civil para<br />

casais do mesmo gênero. A Itália continuou<br />

não conseguindo introduzir o crime de<br />

tortura em seu código penal.<br />

DIREITOS DE PESSOAS REFUGIADAS E<br />

MIGRANTES<br />

Calcula-se que mais de 4.500 pessoas<br />

morreram na parte central do Mediterrâneo<br />

ao tentar chegar à Itália em embarcações<br />

superlotadas e inadequadas para navegação,<br />

o pior número já registrado.<br />

Mais de 181 mil refugiados e migrantes<br />

chegaram à Itália vindos do norte da África –<br />

um pequeno aumento em relação aos anos<br />

anteriores. A grande maioria partiu da Líbia e<br />

foi resgatada no mar pela Guarda Costeira e<br />

Marinha italianas, por embarcações de<br />

outros países ou comerciais e, cada vez<br />

mais, por embarcações de ONGs. Destas,<br />

mais de 25.700 eram crianças<br />

desacompanhadas, mais do que o dobro de<br />

2015. As autoridades se esforçaram para<br />

assegurar que essas pessoas fossem<br />

cuidadas de acordo com os padrões<br />

internacionais.<br />

A Marinha italiana continuou a liderar a<br />

operação militar da União Europeia na parte<br />

sul do Mediterrâneo Central (EUNAVFOR<br />

MED Operação Sophia). Em outubro a<br />

operação começou a treinar a Guarda<br />

Costeira da Líbia, apesar de relatos de que<br />

esta estava envolvida em incidentes com<br />

tiroteios contra embarcações com refugiados<br />

e migrantes, e de que essas pessoas<br />

resgatadas e devolvidas à Líbia foram<br />

expostas a detenção arbitrária e tortura.<br />

A "abordagem de ponto crítico" acordada<br />

pela União Europeia em 2015 para obter<br />

uma rápida identificação e seleção de<br />

Anistia Internacional Informe 2016/17 167

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