ANISTIA INTERNACIONAL
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7. Turkey: No safe refuge − asylum-seekers and refugees denied<br />
effective protection in Turkey (EUR 44/3825/2016)<br />
8. Turkey: Displaced and dispossessed − Sur residents’ right to return<br />
home (EUR 44/5213/2016)<br />
UCRÂNIA<br />
Ucrânia<br />
Chefe de estado: Petro Poroshenko<br />
Chefe de governo: Volodymyr Hroysman (substituiu<br />
Arseniy Yatsenyuk em abril)<br />
Conflitos esporádicos e em baixa escala<br />
continuaram no leste da Ucrânia, com os<br />
dois lados violando o acordo de cessar fogo.<br />
Tanto as forças ucranianas quanto as forças<br />
separatistas pró-Rússia permaneceram<br />
impunes quanto às violações do direito<br />
humanitário internacional, incluindo crimes<br />
de guerra como o uso de tortura. As<br />
autoridades na Ucrânia e as<br />
autodenominadas Repúblicas Populares de<br />
Donetsk e de Lugansk realizaram prisões<br />
ilegais de pessoas que apoiavam o lado<br />
oposto, para inclusive serem usadas em<br />
trocas de prisioneiros. A tão aguardada<br />
Secretaria de Investigações do Estado, cujo<br />
objetivo era investigar as violações<br />
cometidas por militares e policiais, foi<br />
criada formalmente, mas não entrou em<br />
funcionamento até o final do ano. A<br />
imprensa e os ativistas independentes não<br />
tiveram permissão para trabalhar livremente<br />
nas Repúblicas Populares de Donetsk e de<br />
Lugansk. A imprensa conhecida como pró-<br />
Rússia enfrentou hostilidades nos territórios<br />
controlados pelo governo. A maior Marcha<br />
do Orgulho LGBTI já realizada na capital,<br />
Kiev, teve apoio das autoridades locais e foi<br />
efetivamente protegida pela polícia. Na<br />
Crimeia, as autoridades de fato<br />
continuaram sua campanha para eliminar<br />
dissidentes pró-ucranianos. As autoridades<br />
contavam cada vez mais com a legislação<br />
russa de combate ao extremismo e ao<br />
terrorismo, bem como com o processo<br />
criminal de dezenas de pessoas<br />
consideradas desleais.<br />
INFORMAÇÕES GERAIS<br />
Depois de uma crise política de dois meses e<br />
de diversos políticos favoráveis à reforma<br />
renunciarem a cargos do alto escalão do<br />
governo alegando corrupção generalizada, o<br />
Parlamento aceitou a renúncia de Arseniy<br />
Yatsenyuk em 12 de abril. Ele foi substituído<br />
por Volodymyr Hroysman.<br />
Conflitos e tiroteios esporádicos entre o<br />
governo e as forças separatistas apoiadas<br />
pela Rússia continuaram. Tiroteios,<br />
bombardeios e material bélico não detonado<br />
continuaram a causar mortes e lesões de<br />
civis. A Missão das Nações Unidas para o<br />
Monitoramento dos Direitos Humanos<br />
estimou que houve mais de 9.700 mortes<br />
relacionadas aos conflitos, das quais cerca<br />
de 2.000 foram de civis, e pelo menos<br />
22.500 lesões relacionadas aos conflitos<br />
desde o início, em 2014.<br />
O Tribunal Penal Internacional (TPI)<br />
publicou sua avaliação preliminar da Ucrânia<br />
em 14 de novembro. O relatório concluiu que<br />
a “situação no território da Crimeia e<br />
Sevastopol chega a um conflito armado<br />
internacional entre a Ucrânia e a Federação<br />
Russa” e que essa “informação… sugeriria a<br />
existência de um conflito armado<br />
internacional no contexto de hostilidades<br />
armadas no leste da Ucrânia”. Uma emenda<br />
à Constituição foi aprovada em junho,<br />
adiando a ratificação do Estatuto de Roma do<br />
TPI por um "período provisório" de três anos.<br />
As autoridades ucranianas continuaram a<br />
restringir com rigor o movimento de<br />
residentes das regiões de Donetsk e<br />
Lugansk, controladas por separatistas, para o<br />
território controlado pelo governo.<br />
As autoridades russas realizaram eleições<br />
parlamentares na Crimeia, que não foram<br />
reconhecidas internacionalmente.<br />
A economia, afetada pelo conflito,<br />
começou a crescer lentamente: o PIB<br />
aumentou em 1%. Os preços de bens e<br />
serviços básicos, como aquecimento e água,<br />
continuaram a aumentar, onerando ainda<br />
mais os padrões de vida decadentes da<br />
maioria da população. Os padrões de vida<br />
Anistia Internacional Informe 2016/17 239