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ANISTIA INTERNACIONAL

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Direitos Humanos considerou que migrantes<br />

tunisianos que haviam chegado à Itália em<br />

2011 haviam sido detidos arbitrariamente, e<br />

que privados de recursos contra sua<br />

detenção antes de serem devolvidos à<br />

Tunísia.<br />

Em novembro, promotores em Perugia,<br />

Umbria, acusaram sete policiais, uma<br />

magistrada e três diplomatas do Cazaquistão<br />

por delitos relacionados ao rapto e à expulsão<br />

ilegal para o Cazaquistão, em maio de 2013,<br />

de Alma Shalabayeva e Alua Ablyazova,<br />

esposa e filha de seis anos de Mukhtar<br />

Ablyazov, político cazaquistanês da oposição.<br />

Em julho de 2013, o governo italiano<br />

rescindiu retroativamente a ordem de<br />

expulsão, reconhecendo que sua devolução<br />

forçada a Almaty violava a legislação italiana.<br />

DISCRIMINAÇÃO<br />

Direito dos ciganos à moradia adequada<br />

Milhares de famílias ciganas continuaram a<br />

viver em campos segregados. Os campos<br />

apenas para ciganos se localizavam<br />

frequentemente em áreas remotas, distantes<br />

de serviços essenciais. As condições de vida<br />

em muitos campos permaneceram abaixo do<br />

padrão e frequentemente violavam as leis de<br />

moradia nacionais, bem como os padrões<br />

internacionais. Centenas de famílias ciganas<br />

foram submetidas a remoções forçadas,<br />

violando a legislação internacional.<br />

O governo continuou sem implementar<br />

efetivamente a Estratégia Nacional de<br />

Inclusão dos Ciganos em relação à moradia.<br />

Cinco anos após sua adoção, não havia<br />

nenhum plano nacional para eliminar a<br />

segregação dos campos. Em vez disso, as<br />

autoridades continuaram a planejar e<br />

construir novos campos.<br />

Em fevereiro, em Giugliano, próxima a<br />

Nápoles, €1.3 milhão foram designados<br />

pelas autoridades locais e regionais, com a<br />

Prefeitura de Nápoles e o Ministério do<br />

Interior, para construir um novo campo<br />

segregado para os ciganos que moravam até<br />

então no campo Masseria del Pozzo. O<br />

campo Masseria del Pozzo foi construído<br />

perto de aterros sanitários que armazenavam<br />

resíduos tóxicos em 2013, para abrigar<br />

famílias ciganas que já haviam sofrido<br />

remoções forçadas. Em junho, após uma<br />

decisão judicial que ordenava a remoção das<br />

famílias de Masseria del Pozzo, as<br />

autoridades locais removeram à força<br />

aproximadamente 300 pessoas que ali<br />

viviam, incluindo dezenas de crianças<br />

pequenas. Não foi oferecida nenhuma<br />

alternativa, exceto a transferência para um<br />

local isolado, em uma antiga fábrica de fogos<br />

de artifício sem banheiros e eletricidade<br />

funcionando e com acesso extremamente<br />

limitado à água. Em dezembro, a<br />

comunidade ainda estava vivendo no local<br />

em condições inadequadas.<br />

Em dezembro, o Comitê CERD expressou<br />

preocupação com os ciganos que<br />

continuavam a enfrentar remoções forçadas<br />

e segregação em campos, além de ainda<br />

serem discriminados ao tentar obter acesso à<br />

habitação social e outros benefícios<br />

relacionados.<br />

DIREITOS LGBTI<br />

Em maio o parlamento aprovou a Lei no.<br />

76/2016, que estabelece a união civil de<br />

casais do mesmo gênero e as regras para<br />

casais de gêneros diferentes coabitarem,<br />

ampliando-as para a maioria dos direitos dos<br />

casais casados legalmente. Contudo, a<br />

adoção por um segundo pai ou mãe não foi<br />

abordada pela lei.<br />

TORTURA E OUTROS MAUS-TRATOS<br />

Em março, o Defensor Público nacional<br />

assumiu o cargo, com autoridade para<br />

monitorar as condições de detenção e evitar<br />

a tortura e outros maus tratos. Dentre as suas<br />

responsabilidades está o monitoramento dos<br />

voos de repatriação de migrantes em<br />

situação irregular.<br />

O Parlamento não introduziu o crime de<br />

tortura no código penal, conforme requerido<br />

pela Convenção contra a Tortura, o que<br />

deveria ter sido feito desde a ratificação pela<br />

Itália, em 1989.<br />

O Parlamento e o governo também não<br />

chegaram a um acordo sobre medidas para a<br />

identificação de policiais, como crachás de<br />

Anistia Internacional Informe 2016/17 169

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