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ANISTIA INTERNACIONAL

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Nacional Africano (ANC) e um assassino de<br />

aluguel pelo homicídio do ativista do direito à<br />

moradia Thulisile Ndlovu em setembro de<br />

2014. Os três foram condenados à prisão<br />

perpétua.<br />

Em um julgamento marcante em 17 de<br />

novembro, o Supremo Tribunal de<br />

Bloemfontein manteve o recurso de 94<br />

profissionais comunitários da saúde e<br />

ativistas de Campanha de Ação de<br />

Tratamento que contestou, com sucesso, a<br />

constitucionalidade do uso da legislação da<br />

era do apartheid, a lei de 1993 sobre a<br />

Regulamentação de Aglomerações. A lei<br />

criminaliza agrupamentos de mais de 15<br />

pessoas em um espaço público sem que a<br />

polícia seja notificada com antecedência. O<br />

juiz afirmou que participar de uma<br />

manifestação sem aviso prévio não é crime.<br />

LIBERDADE DE EXPRESSÃO<br />

Em junho, três jornalistas sênior da South<br />

African Broadcasting Corporation (SABC)<br />

foram sumariamente suspensos, segundo<br />

alegações, por discordar da decisão de não<br />

cobrir um protesto pacífico contra a censura<br />

e o abuso de poder pela SABC, realizado<br />

pela organização de defesa Right2Know.<br />

Quando cinco outros jornalistas da SABC<br />

contestaram as suspensões, foram acusados<br />

de má conduta. Todos os oito funcionários da<br />

SABC foram, em seguida, demitidos. O grupo<br />

entrou com um processo no Tribunal<br />

Constitucional em julho, argumentando que o<br />

seu direito à liberdade de expressão havia<br />

sido violado. O caso estava pendente. Quatro<br />

dos jornalistas ganharam um caso no<br />

Tribunal do Trabalho em julho contra a SABC<br />

por violação dos procedimentos trabalhistas.<br />

Os oito posteriormente retornaram ao<br />

trabalho, mas continuaram a enfrentar<br />

ameaças. Em 12 de dezembro, quatro dos<br />

oito testemunharam em nome do grupo no<br />

inquérito do Parlamento sobre a aptidão ao<br />

Conselho da SABC. A Right2Know<br />

testemunhou em 14 de dezembro.<br />

DISCRIMINAÇÃO<br />

Pessoas albinas<br />

Ataques contra pessoas com albinismo, além<br />

de sequestros, foram relatados.<br />

O menino Maneliswa Ntombel, de quatro<br />

anos, foi raptado por dois homens perto de<br />

sua casa, em 21 de junho, na província de<br />

KwaZulu-Natal. Ele continuou desaparecido<br />

até o final do ano.<br />

Em fevereiro, o Tribunal Regional de<br />

Mtubatuba condenou um jovem de 17 anos<br />

a 18 anos de prisão pelo assassinato de<br />

Thandazile Mpunzi, que foi morta em agosto<br />

de 2015 na Província de KwaZulu-Natal.<br />

Seus restos mortais foram descobertos em<br />

uma cova rasa. Partes de seu corpo haviam<br />

sido vendidas para curandeiros tradicionais.<br />

Dois outros homens que se declararam<br />

culpados de homicídio foram condenados,<br />

em setembro de 2015, a 20 anos de prisão<br />

cada.<br />

Legislação relacionada a crimes de ódio<br />

Em outubro, foi apresentado o Projeto de Lei<br />

sobre Crimes de Ódio. Ele aborda o racismo,<br />

a discriminação racial, a xenofobia e a<br />

discriminação de gênero, sexo, orientação<br />

sexual, e outras questões, considerando-os<br />

crime de ódio. Inclui disposições<br />

controversas, que criminalizam o discurso de<br />

ódio de formas que poderiam, de forma<br />

inadmissível, ser usadas para restringir o<br />

direito à liberdade de expressão.<br />

DIREITO À EDUCAÇÃO<br />

Crianças com deficiência<br />

Crianças com deficiência continuaram a<br />

enfrentar vários desafios relacionados à<br />

discriminação, exclusão e marginalização,<br />

que, entre outras coisas, negaram-lhes a<br />

igualdade de acesso à educação, apesar de<br />

estruturas legais e políticas que garantem a<br />

educação inclusiva. Em 27 de outubro, o<br />

Comitê dos Direitos da Criança recomendou<br />

uma revisão do Documento sobre a<br />

Educação n 6 para desenvolver uma<br />

estrutura para a educação inclusiva, que<br />

supervisionaria a expansão das escolas com<br />

serviços completos e a inclusão de crianças<br />

68 Anistia Internacional Informe 2016/17

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