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“Há alguns cujos olhos estão apenas um pouco obscurecidos pela poeira, e

eles vão perceber a verdade.

“Assim como um pássaro que os marinheiros soltaram para buscar a terra

volta quando fracassa em encontrá-la, tendo fracassado em encontrar a verdade

vocês voltaram para mim.

“Assim como o amor de uma mãe que não pensa em si envolve e acaricia

seu único filho, deixem agora sua compaixão deslocar-se pelo mundo e cobrir a

todos.

“Até ladrões vamos permear com o fluxo de pensamento amoroso infalível,

e a partir deles prosseguir, envolver e permear todo o vasto mundo com

pensamentos constantes de bondade amorosa, amplos, expansivos, plenos de

aprovação divina, alegremente livres de inimizade, livres de todo medo desconfiado.

Sim, é verdade; assim, meus discípulos, assim vocês devem se instruir.

“Tendo chegado à margem mais distante e alcançado o nirvana, vocês não

guiam os outros para a segurança dele?”

Ananda ergueu-se e cantou esta canção lamentosa:

“Por vinte e cinco anos ao Exaltado

Eu atendi, servindo-o com pensamentos amorosos

E como sua sombra segui atrás dele.

Quando Buda seguia a passo para cima & para baixo,

Atrás dele eu sempre mantinha o passo;

E, quando a lei era ensinada,

Em mim o conhecimento crescia & o entendimento.

Mas ó, ele morre, agora ele morre!

E eu ainda sou alguém com trabalho a fazer,

Um aprendiz com uma mente ainda não amadurecida,

A flor de minha piedade ainda não se abriu

E agora o mestre parte meu coração & morre,

Ele, o Sagrado, o Desperto perfeito em sabedoria & compaixão,

Ele, o treinador incomparável dos homens,

Ele, a estrela da manhã,

Pombo branco do amor

e cordeiro mamão

Ele, leite da chuva e piedade transcendental, a carruagem sem mácula,

Branco, a criança, o rei do lótus, o anjo em nossa mente,

Ele morre, ó agora ele morre

E me deixa em obscuridade mortal na inimaginável luminosidade do vazio!”

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