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Ele viu como más ações deixam causa para arrependimento e o desejo inominável
de reparar e rearrumar a ruindade, energia inicial para se retornar ao
estágio do mundo; ao passo que boas ações, sem produzir remorso e não deixando
substrato para dúvida, se desvanecem na Iluminação.
“Ele viu, além disso, todos os frutos do nascimento como bestas; algumas
fadadas a morrer devido à pele ou à carne, algumas por seus chifres ou ossos ou
asas; outras despedaçadas ou mortas em conflito mútuo, antes amigas ou parentes;
algumas sobrecarregadas com fardos ou arrastando volumes pesados,
outras espetadas ou incitadas a ir em frente por aguilhões pontudos. Sangue
escorrendo de suas formas torturadas, crestadas e famintas – nenhum alívio
proporcionado a elas, lutando uma contra outra, destituídas de poder independente.
Voando pelo ar ou submersas em águas profundas, e não obstante nenhum
lugar para se refugiar da morte.
“E ele viu aqueles renascidos como homens, com corpos como um esgoto
imundo, deslocando-se sempre entre os sofrimentos mais horrendos, nascidos
do ventre para temer e estremecendo, com corpo frágil, suas sensações dolorosas
ao tocar qualquer coisa, como se cortados com facas.”
Esse vale de dardos, que chamamos de vida, um pesadelo.
“Enquanto nascido nessa condição, nenhum momento livre da possibilidade
de morte, labuta e dor; ainda assim buscando nascimento outra vez, e nascendo
de novo, enfrentando dor.”
A pedra de moinho das formas lamentáveis da ignorância rolando e
moendo sem parar.
“Então ele viu aqueles que por mérito maior estavam desfrutando do céu;
uma sede de amor a consumi-los eternamente, o mérito acabado com o fim da
vida, os cinco sinais avisando-os da morte. Assim como a flor que, murchando,
se deteriora e tem todos os seus matizes brilhantes roubados, nem todos os seus
companheiros, ainda vivos, por meio do pesar, conseguem salvar o que resta. Os
palácios e recintos alegres agora vazios, os anjos sozinhos e desolados, sentados
ou adormecidos sobre a terra poeirenta, choram amargamente ao recordar seus
amores. Enganado, ai! Nenhum único local isento, em cada nascimento dor
incessante!
“Céu, inferno ou terra, o mar de nascimento e morte revolvendo-se assim –
uma roda sempre-rodopiante –, toda carne imersa em suas ondas, lançada aqui
e ali sem amparo! Assim, com esses olhos da mente ele considerou cuidadosamente
os cinco domínios da vida e a degradação de todas as criaturas que
nascem. Ele viu que tudo era similarmente vazio e vão! Sem nenhuma dependência!
Como a banana-da-terra ou a bolha.”