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limite do poço, e quando todos os dez quadrantes dos universos tornam-se

vazios, o espaço da vacuidade é manifestado através de todos os universos também.

Se o espaço da vacuidade tudo permeia com perfeição através dos dez

quadrantes dos universos, onde então o espaço da vacuidade pode ser visto e

localizado? Mas o mundo inteiro está em ignorância e aturdimento porque

sempre se considerou o espaço da vacuidade como sendo manifestado por causas

e condições como a remoção de objetos, como a retirada de terra de um

buraco, ao passo que a natureza intrínseca do espaço esteve ali o tempo todo, a

verdadeira iluminação, e a intuição da essência é a verdadeira vacuidade. A

aparência de terra não oculta a vacuidade do espaço, a vacuidade do espaço não

aniquila a aparência de terra. Você deveria observar com cuidado se o espaço sai

de algum lugar oculto e suplicar: o que está oculto? – ou se chega vindo de algo

visto do lado de fora, e já sabemos que a percepção da vista é falsa e fantástica!

– ou se não sai nem entra?

“Ananda, você ignora que dentro do ventre do Tathagata o espaço e a essência

da iluminação estão sempre em frescor e pureza, tudo permeando através

dos universos dos fenômenos e sendo manifestado livre e perfeitamente em correspondência

com a quantidade de carma acumulado pela atividade consciente

dos seres sencientes.

“O espaço, a terra, a água, o fogo e o vento devem ser considerados como os

cinco grandes elementos, cuja natureza essencial é perfeita e toda-em-unidade,

e todos eles pertencentes ao ventre do Tathagata, e todos destituídos de mortes

e renascimentos.

“Ananda, eu menciono o ventre do Tathagata e o Tathagata (Talidade-Tal-

Como-É) para concentrar sua atenção no mistério luminoso e perfeito além de

todas as nossas concepções e ensinamentos deploráveis. Mesmo enquanto falo a

você sobre os tathagatas que para sempre residem além do vir e ir, do ensinar e

não ensinar, minhas palavras são como um dedo apontando para a verdade e

não devem ser tomadas como a verdade em si. A verdadeira essência, a verdade,

por natureza permaneceu de fato não revelada devido à imaginação falsa da existência

em si.

“A verdade só foi mencionada pelos budas porque, sendo uma explicação

da servidão e da emancipação da figura de linguagem da ‘existência’, também é

apenas uma figura de linguagem.

“A verdade, por assim dizer, é tão vasta que permite dizer que não existe

verdade.

“Não existe nem verdade nem não verdade; existe apenas a essência. E

quando intuímos a essência de tudo, chamamos isso de mente essencial.

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