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JACK KEROUAC

(1922-1969)

JEAN-LOUIS LEBRIS DE KEROUAC nasceu em Lowell, Massachusetts, em 12 de março

de 1922; era o mais novo dos três filhos de uma família de origem franco-canadense.

Começou a aprender inglês apenas aos seis anos de idade, estudou em escolas

católicas e públicas locais e, como jogava futebol americano muito bem, ganhou uma

bolsa para a Universidade de Columbia, na cidade de Nova York. Nesta cidade conheceu

Neal Cassady, Allen Ginsberg e William S. Burroughs. Largou a faculdade no

segundo ano, depois de brigar com o técnico do time de futebol, foi morar com uma

ex-namorada, Edie Parker, e juntou-se à Marinha Mercante em 1942 – dando início

às jornadas infindáveis que se estenderiam por boa parte de sua vida. Em 1943

alistou-se na Marinha, de onde foi dispensado por razões psiquiátricas. Entre uma e

outra viagem, escreveu o primeiro romance, Cidade pequena, cidade grande, publicado

em 1950, sob o nome de John Kerouac. Este primeiro trabalho foi fortemente influenciado

pelo estilo do escritor norte-americano Thomas Wolfe e foi bem recebido.

Em abril de 1951, entorpecido por benzedrina e café, inspirado pelo jazz, escreveu em

três semanas a primeira versão do que viria a ser On the Road. Kerouac escrevia em

prosa espontânea, como ele chamava: uma técnica parecida com a do fluxo de consciência.

O manuscrito foi rejeitado por diversos editores. Em 1954, começou a

interessar-se pelo budismo e, em 1957, On the Road foi finalmente publicado, após

inúmeras alterações exigidas pelos editores. O livro, de inspiração autobiográfica,

descreve as viagens de Sal Paradise e Dean Moriarty pelos Estados Unidos e pelo

México. On the Road revelou ao mundo a geração que ficou conhecida como “a geração

beat” e fez com que Kerouac se transformasse em um dos mais controversos e

famosos escritores de seu tempo – embora em vida tenha tido mais sucesso de

público do que de crítica e rejeitasse o título de “pai dos beats”. Seguiu-se a publicação

de Os vagabundos iluminados – um romance com franca inspiração budista

–, Os subterrâneos, em 1958, Maggie Cassidy, em 1959, e Tristessa, em 1960.

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