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cultura 23 maio 06.pmd - Centro de Estudos Africanos da ...

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Expressando seus saberesVocê já <strong>de</strong>ve ter ouvido provérbios ou ditos popularessobre a língua, a boca ou quem fala <strong>de</strong>mais. Agora, solteo escritor que está <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> você. Selecione um assuntoque esteja <strong>de</strong>ntro do que você já estudou neste livro ecrie seu(s) próprio(s) provérbios.Ampliando a arte <strong>de</strong> contarContar e escrever histórias po<strong>de</strong> ser algo muitobom, muito ruim ou ain<strong>da</strong> as duas coisas. Leia otexto a seguir, <strong>da</strong> escritora Márcia Silva, artista plásticae atriz, sobre o assunto.Era uma vezArte <strong>de</strong> contar estórias na escola e na vi<strong>da</strong>Na <strong>maio</strong>ria <strong>da</strong>s <strong>cultura</strong>s não existe uma linha claraseparando o conto folclórico do popular, do conto <strong>de</strong>fa<strong>da</strong>s e <strong>da</strong> fábula. Antes <strong>de</strong> serem escritas, as estóriaseram transmiti<strong>da</strong>s oralmente, fundindo-se umascom as outras, incorporando a experiência <strong>de</strong> umasocie<strong>da</strong><strong>de</strong>; foram se modificando <strong>de</strong> acordo com oque o contador julgava ser <strong>de</strong> <strong>maio</strong>r ou <strong>de</strong> menorinteresse para os ouvintes <strong>de</strong> sua época. Aos contossão atribuídos diversos valores, o entretenimento éapenas um aspecto interno do contar estórias.Uma estória apresenta uma série <strong>de</strong> conhecimentoscom os quais somos alimentados para formar umabase em nosso interior, ao longo dos anos, <strong>de</strong> modoque esse conjunto agirá sobre a pessoa, reavivandoinformações e tradições. É como se fosse uma pílulacom cobertura açucara<strong>da</strong>, cujo ingrediente ativo resi<strong>de</strong>em seu interior.Ain<strong>da</strong> nos dias <strong>de</strong> hoje, algumas pessoas rejeitam oscontos <strong>de</strong> fa<strong>da</strong>s julgando que as crianças po<strong>de</strong>m tomáloscomo <strong>de</strong>scrições <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e/ ou, ain<strong>da</strong>, se afastardo gosto pela leitura. Vamos argumentar sobreesses dois aspectos.É ver<strong>da</strong><strong>de</strong> que as fábulas, narrativas em que seresirracionais, e algumas vezes inanimados, assumemcaracterísticas humanas, geralmente diverti<strong>da</strong>s, sem-130 De olho na Cultura

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