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cultura 23 maio 06.pmd - Centro de Estudos Africanos da ...

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Orali<strong>da</strong><strong>de</strong> e corporali<strong>da</strong><strong>de</strong>afro-brasileiraA tradição oral é guardiã <strong>da</strong> história e <strong>da</strong> memória entre muitospovos africanos, sendo preserva<strong>da</strong>, principalmente, por homenssábios, que foram e são responsáveis por manter a memória vivados fatos e feitos <strong>de</strong> seus antepassados. São poetas, músicos, <strong>da</strong>nçarinos,conselheiros. Por isso, são <strong>de</strong>nominados, <strong>de</strong> modo geral,como contadores <strong>de</strong> histórias.Em muitas <strong>cultura</strong>s <strong>de</strong> origem africana, o visível constituimanifestação do invisível, por isso, po<strong>de</strong> haver uma energia vivanas pedras, nas folhas, nos rios, nos fenômenos temporais, nosanimais, nos alimentos, dos quais emana uma força vital. Entre ascivilizações bantu, essa energia po<strong>de</strong> receber a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong>hamba. Já para o povo iorubá ela é <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> axé. O fun<strong>da</strong>mentalé que essa força po<strong>de</strong> ser aumenta<strong>da</strong>, diminuí<strong>da</strong>, transforma<strong>da</strong>ou realimenta<strong>da</strong>. Por exemplo, a morte é vista como transferência<strong>de</strong> energia, uma vez que essa força não acaba.As pedras e as árvores não são adora<strong>da</strong>s porque são pedrase árvores, mas porque são sagra<strong>da</strong>s. Elas são acresci<strong>da</strong>s <strong>de</strong> significadossimbólicos, isto é, quando um objeto ou acontecimento évisto como sagrado, ele permanece o mesmo, mas passa a ser epossuir uma outra força.De olho na Cultura 85

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