NUESTRO CUERPO NUESTRA MÚSICA - Facultad de Bellas Artes

11 MO ENCUENTRO DE CIENCIAS COGNITIVAS DE LA MÚSICA
Implicanções
Lançar outra abordagem sobre os trabalhos de Meyer, estendendo seus conceitos para além
do pensamento tonal, poderá fomentar discussões e problematizações na área da música,
especialmente nos ramos ligados à teoria e análise, composição, interpretação e psicologia da
música. Embasado em uma melhor compreensão dos processos cognitivos de compreensão
musical, o desdobramento das ideias de Meyer poderá ser utilizado como nova ferramenta de
análise musical a ser empregado nos âmbitos musicológico e performático. Compositores e
analistas poderão valer-se dos mecanismos de implicação como procedimento para investigação
e criação musical. Intérpretes, por sua vez, poderão usufruir desse entendimento como
critério adjunto na construção da interpretação de obras modernas, as quais não contam ainda
com uma forte tradição de performance. Estudos em psicologia poderão se beneficiar de um
novo olhar sob aspectos que confluem para o processamento e inteligibilidade musical, reavaliando,
assim, processos gestálticos ligados à percepção musical.
IMPLEMENTAÇÃO'COMPUTACIONAL'DA'ANÁLISE'DE'TENSÃO'
HARMÔNICA'APLICADA'À'COMPOSIÇÃO'E'À'ANÁLISE'MUSICAL'
RAEL TOFFOLO
Universidade Estadual de Maringá
Fundamentação
O estudo sobre a tensão musical está cada vez mais presente na agenda de pesquisadores
de todo o mundo. De uma forma sumária, a tensão musical tem sido utilizada como um conceito
para abarcar diversas facetas do universo sonoro musical. Ora a tensão está relacionada
a aspectos métricos (Krumhansl, 1996; Farbood, 2012), ora a aspectos harmônicos (Lerdahl,
1996; Lerdahl; Krumhansl, 2007), ora ligada ao plano dinâmico (Arnheim, 1984) e, em alguns
casos, relacionada a diversos parâmetros musicais simultaneamente (Granot; Eitan, 2011;
Patty, 2009). Porém, os estudos mais recorrentes centram-se na consideração da tensão musical
como um aspecto perceptivo correlato à dialética entre consonância e dissonância e por
sua vez com a própria vida psico-biológica. Para o musicólogo Mosco Carner (1941) o conceito
de tensão musical está embasado nos processos que governam as facetas do viver: “Essa
relação é apenas uma manifestação especial no universo da música de um fenômeno psicológico
geral que acompanha toda nossa vida física, mental e emocional”. Por sua vez, James
Tenney (1998) apresenta um histórico de como os conceitos de consonância e dissonância foram
considerados ao longo da história da música ocidental. Divide a dialética entre
consonância e dissonância em cinco tipos distintos: Consonância Melódica; Consonância Polifônica;
Consonância Contrapontística; Consonância Funcional e Consonância Psicoacústica
ou Dissonância Sensorial.
Objetivo
Nossa proposta centrou-se em criar um modelo computacional para o cálculo de tensão harmônica
(Dissonância Sensorial ou Cognitiva) baseado nos trabalhos de Helmholtz, Plomp &
Levelt (1965), Parncutt (1988) e Bigand et al. (1996) de forma a aproveitar suas funcionalidades
para a análise musical, em especial para a análise da música não tonal e para a
composição musical.
Descrição
O conceito de Consonância Psicoacústica ou Dissonância Sensorial ou Cognitiva está apoiado
nas pesquisas de Helmholtz, em especial no conceito de Aspereza. Para Helmholtz a
percepção geral das dissonâncias é resultante dos batimentos ocorridos entre os parciais
harmônicos que se encontra muito próximos de forma que resultem em batimentos acima de
15Hz. Esses batimentos são percebidos como uma espécie de rugosidade ou aspereza. Seus
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