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NUESTRO CUERPO NUESTRA MÚSICA - Facultad de Bellas Artes

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11 MO ENCUENTRO DE CIENCIAS COGNITIVAS DE LA MÚSICA<br />

uma vez que dá suporte para o estudo das funções psicológicas da memória e a importância<br />

da intervenção pedagógica (Oliveira, 1992).<br />

Objetivos<br />

Por meio <strong>de</strong> uma intervenção em sala <strong>de</strong> aula, investigar se o contato manual com o instrumento<br />

musical influencia na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> seu timbre em crianças <strong>de</strong> 5 e 6 anos no contexto<br />

escolar.<br />

Método<br />

A coleta <strong>de</strong> dados foi realizada em duas etapas: pré-teste e teste. O pré-teste contou com a<br />

participação <strong>de</strong> duas turmas <strong>de</strong> primeiro ano do ensino fundamental <strong>de</strong> um colégio brasileiro.<br />

Esta etapa do estudo foi feita com a participação <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> 5 e 6 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, divididas<br />

em três grupos: no primeiro (controle), 8 crianças <strong>de</strong>senvolviam ativida<strong>de</strong> não relacionada ao<br />

ensino <strong>de</strong> música; no segundo grupo (imagem), seis instrumentos musicais (xilofone, metalofone,<br />

pan<strong>de</strong>iro, bongô, kalimba, e reco-reco) eram apresentados a 9 crianças e elas podiam<br />

manuseá-lo; no terceiro grupo (manuseio), 10 crianças manuseavam imagens dos mesmos<br />

instrumentos musicais mencionados e, logo após, ouviam um trecho musical que era executado<br />

por cada um <strong>de</strong>stes instrumentos. Na segunda etapa do estudo, as crianças dos três<br />

grupos ouviam um trecho musical executado por um dos instrumentos analisados, <strong>de</strong>vendo<br />

marcar a imagem correspon<strong>de</strong>nte ao instrumento referente à quele som em uma folha <strong>de</strong> respostas.<br />

As médias referentes ao número <strong>de</strong> acertos das respostas <strong>de</strong> cada grupo foram<br />

analisados por meio do teste ANOVA, por meio <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sign experimental 6 (instrumentos<br />

musicais) x 3 (grupos <strong>de</strong> participantes).<br />

Resultados<br />

O teste ANOVA não mostrou diferenças significativas com relação ao índice <strong>de</strong> acerto entre os<br />

grupos. No entanto, este teste mostrou um efeito dos instrumentos musicais na qualida<strong>de</strong> das<br />

respostas das crianças nos grupos imagem (F 2,3024; p=0,021) e manuseio (F 6,2497;<br />

p=0,000306). Índices <strong>de</strong> acertos mais altos foram atribuídos aos instrumentos reco-reco e<br />

pan<strong>de</strong>iro em ambos os grupos e um índice muito baixo <strong>de</strong> acertos foi atribuído ao instrumento<br />

kalimba.<br />

Conclusões<br />

A hipótese inicial, <strong>de</strong> que a manipulação dos instrumentos possibilitaria um maior índice <strong>de</strong><br />

acertos nas respostas dos participantes não pô<strong>de</strong> ser confirmada. No entanto, este estudo<br />

contribuiu para a geração <strong>de</strong> uma nova hipótese: na primeira, é possível que exista um fator<br />

cultural <strong>de</strong>terminante presente em tarefas relacionadas à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> timbres em crianças<br />

<strong>de</strong> 5 e 6 anos. Este fator po<strong>de</strong> estar relacionado à familiarida<strong>de</strong> musical, <strong>de</strong>scrita por North e<br />

Hargreaves (2008). Neste sentido, é provável que as crianças pertencentes aos grupos que<br />

<strong>de</strong>senvolveram ativida<strong>de</strong>s musicais no pré-teste tenham obtido acertado um número <strong>de</strong> acertos<br />

maior com relação a estes instrumentos porque eles faziam parte do contexto cultural da<br />

criança, na medida em que provavelmente foram consi<strong>de</strong>rados mais familiares que os outros<br />

instrumentos musicais apresentados. Sugere-se, portanto, a continuação <strong>de</strong>ste estudo por<br />

meio <strong>de</strong> uma abordagem experimental que leve em conta o controle da variável “familiarida<strong>de</strong>”,<br />

em busca da explicação dos processos psicológicos que regem a percepção <strong>de</strong> timbres<br />

em crianças <strong>de</strong> 5 e 6 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

'<br />

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