12.04.2013 Views

a nova hermenêutica e teoria da recepção em jauss e ricoeur

a nova hermenêutica e teoria da recepção em jauss e ricoeur

a nova hermenêutica e teoria da recepção em jauss e ricoeur

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>nova</strong>s formas de “pensar” a produção do sentido paralela às mediações e<br />

pressupostos metodológicos.<br />

Nesse sentido, essas noções passaram a integrar os estudos literários desde<br />

1930, através dos estudos de Roman Ingarden, autor de A obra de Arte Literária,<br />

assim como por meio do manual Teoria <strong>da</strong> Literatura, <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1940, de René<br />

Wellek e Austin Warren, trabalhos, no campo literário, que aproximou <strong>da</strong> literatura a<br />

Fenomenologia de Husserl.<br />

Por esta razão, na estruturação de nosso trabalho procuramos d<strong>em</strong>onstrar,<br />

inicialmente, como se desenvolveu histórica e teoricamente o “conceito” de Nova<br />

Hermenêutica no capítulo Arqueologia <strong>da</strong> Nova Hermenêutica, assim como,<br />

posterior a ele, buscamos, no capítulo A Fenomenologia do Olhar e a Moderna<br />

Teoria <strong>da</strong> Literatura, d<strong>em</strong>onstrar como se deu a passag<strong>em</strong> <strong>da</strong> Fenomenologia para<br />

os estudos literários nas déca<strong>da</strong>s de 1930 e 1940.<br />

Percorrido esse trajeto, é possível constatar que nesse período os estudos<br />

literários e estéticos estabelecidos pelo Formalismo e pela Fenomenologia criaram a<br />

categoria do “leitor implícito”, que, na déca<strong>da</strong> de 1960, teve o seu desdobramento<br />

nas pesquisas <strong>da</strong> escola de Konstanz, na Al<strong>em</strong>anha, com os trabalhos de Hans<br />

Robert Jauss e Wolfgang Iser. Ain<strong>da</strong> nesse período de efervescência <strong>da</strong> escola de<br />

Konstanz, o filósofo francês Paul Ricoeur lança o livro Conflito <strong>da</strong>s Interpretações.<br />

Nesta obra, por meio de um diálogo, adentra, de certa forma, no horizonte <strong>da</strong>s<br />

sugestões <strong>da</strong> Nova Hermenêutica, sobretudo, naquilo que se refere à questão <strong>da</strong><br />

<strong>recepção</strong> e à ontologia <strong>da</strong> compreensão. Por isso, o terceiro capítulo de nossa<br />

dissertação, Rumo ao Diálogo, à Emancipação e ao Ser, discute as principais<br />

reflexões e sugestões <strong>da</strong> Nova Hermenêutica, para que no último capítulo do<br />

trabalho, intitulado Iguais, mas Diferentes: Hans Robert Jaus e Paul Ricouer,<br />

sejamos conduzidos a vislumbrar a configuração do pensamento de Heidegger e<br />

Ga<strong>da</strong>mer no desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>teoria</strong> <strong>da</strong> <strong>recepção</strong> do teórico al<strong>em</strong>ão e do filósofo<br />

francês.<br />

Por outro lado, além de ambicionarmos compreender os fun<strong>da</strong>mentos dessa<br />

Nova Hermenêutica propensa à “escuta”, à “<strong>recepção</strong>” e ao diálogo, t<strong>em</strong>os por telos<br />

(meta) responder, <strong>em</strong> parte, uma angústia que paira sobre os comentadores <strong>da</strong><br />

<strong>recepção</strong> fenomenológica. De um modo geral, queixam-se que o leitor<br />

3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!