Formulário de Referência 2011 - BM&FBOVESPA - Relações com ...
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<strong>Formulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Referência</strong> <strong>2011</strong> – BM&<strong>FBOVESPA</strong> S.A. - Bolsa <strong>de</strong> Valores, Mercadorias e Futuros (BVMF)<br />
De tempos em tempos, houve flutuações significativas da taxa <strong>de</strong> câmbio entre a moeda brasileira e o Dólar e outras moedas.<br />
As <strong>de</strong>svalorizações do Real em relação ao Dólar po<strong>de</strong>rão criar pressões inflacionárias adicionais no Brasil e levar a aumentos<br />
das taxas <strong>de</strong> juros, o que po<strong>de</strong>rá afetar negativamente a economia brasileira <strong>com</strong>o um todo e as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negociação em<br />
nossa bolsa bem <strong>com</strong>o o preço <strong>de</strong> mercado das nossas ações.<br />
Adicionalmente, a <strong>de</strong>preciação do real po<strong>de</strong>ria tornar as nossas obrigações e financiamentos atrelados a moedas estrangeiras<br />
mais caros, além <strong>de</strong> afetar o valor <strong>de</strong> mercado das nossas carteiras <strong>de</strong> ativos. Por outro lado, a apreciação do real em relação<br />
ao dólar e a outras moedas po<strong>de</strong>ria levar à <strong>de</strong>terioração das contas correntes brasileiras em moeda estrangeira, bem <strong>com</strong>o à<br />
redução do ritmo <strong>de</strong> crescimento das exportações. Depen<strong>de</strong>ndo das circunstâncias, a <strong>de</strong>preciação ou apreciação do real po<strong>de</strong>ria<br />
afetar material e adversamente o crescimento da economia brasileira e do nosso negócio, condições financeiras e resultados <strong>de</strong><br />
operações.<br />
Em 2002, o Real <strong>de</strong>preciou-se 52,3% em relação ao Dólar, <strong>de</strong>vido, em parte, às incertezas políticas que cercavam a eleição<br />
presi<strong>de</strong>ncial e à <strong>de</strong>saceleração da economia global. Apesar da apreciação (<strong>de</strong>preciação) do Real em relação ao Dólar ter sido <strong>de</strong><br />
11,8%, 8,7%, 17,2%, (31,9%), 25,5% e 11,7% em 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010 respectivamente, sendo a<br />
<strong>de</strong>preciação ocorrida em 2008 <strong>de</strong>corrente da crise financeira internacional, nenhuma garantia po<strong>de</strong> ser dada no sentido <strong>de</strong> que<br />
o Real irá se <strong>de</strong>preciar ou apreciar em relação ao Dólar no futuro. A taxa <strong>de</strong> câmbio PTAX <strong>de</strong> venda divulgada pelo BACEN em<br />
31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010 foi <strong>de</strong> R$1,67 por US$1,00.<br />
Em 2010, aproximadamente 32% das nossas receitas <strong>com</strong> negociação <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivativos e 14% do total das receitas<br />
<strong>com</strong> negociação eram <strong>de</strong>nominadas em dólar norte-americano, por meio <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> futuros e opções <strong>de</strong> câmbio e <strong>de</strong> taxa<br />
<strong>de</strong> juros em US$. Nossas receitas po<strong>de</strong>m ser adversamente impactadas pela apreciação da taxa <strong>de</strong> câmbio.<br />
A variação das taxas <strong>de</strong> juros po<strong>de</strong>rá ter um efeito prejudicial sobre nossas ativida<strong>de</strong>s e resultados operacionais.<br />
Des<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2001, o BACEN tem frequentemente ajustado a taxa básica <strong>de</strong> juros. O BACEN reduziu a taxa básica <strong>de</strong> juros durante<br />
a segunda meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2003 e a primeira meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2004. Com o objetivo <strong>de</strong> controlar a inflação, o BACEN elevou a taxa básica<br />
<strong>de</strong> juros <strong>de</strong> 16% ao ano em 18 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2004 para 19,75% por ano em 18 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2005. Durante os dois anos<br />
seguintes, o cenário macroeconômico favorável e a inflação controlada por meio do sistema <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> inflação, levou o<br />
BACEN a diminuir a taxa básica <strong>de</strong> juros <strong>de</strong> 18% em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2005 para 11,25% em setembro <strong>de</strong> 2007. Em abril e junho<br />
<strong>de</strong> 2008, contudo, o BACEN elevou a taxa básica <strong>de</strong> juros em 0,5%, em cada mês, para 12,25%, <strong>de</strong>vido às condições<br />
econômicas no período e às expectativas <strong>de</strong> alta da inflação durante o ano <strong>de</strong> 2008. Em um esforço para incentivar o<br />
crescimento da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crédito, em julho <strong>de</strong> 2009 o BACEN reduziu a taxa Selic para 8,75%, on<strong>de</strong> permaneceu até<br />
abril <strong>de</strong> 2010, quando elevou a taxa básica <strong>de</strong> juros para 9,5% ao ano, seguido <strong>de</strong> um aumento em junho <strong>de</strong> 2010 para<br />
10,25% ao ano e <strong>de</strong> outro aumento em julho <strong>de</strong> 2010 para 10,75% ao ano.<br />
A inflação, a flutuação da taxa <strong>de</strong> juros e as políticas monetárias do governo relacionadas po<strong>de</strong>m influenciar material e<br />
adversamente o crescimento da economia brasileira. Portanto, os preços dos valores mobiliários negociados nas nossas<br />
plataformas, nossa receita financeira e os resultados das operações po<strong>de</strong>m ser afetados da mesma forma.<br />
Atuação da BM&<strong>FBOVESPA</strong> Como Contraparte Central Garantidora<br />
A nossa atuação, por intermédio <strong>de</strong> nossas Clearings, <strong>com</strong>o contraparte central garantidora das operações realizadas nos<br />
mercados <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivativos (futuros, termo, opções e swaps), <strong>de</strong> câmbio (Dólar pronto), <strong>de</strong> títulos públicos fe<strong>de</strong>rais (operações a<br />
vista e a termo, <strong>de</strong>finitivas e <strong>com</strong>promissadas, e <strong>de</strong> empréstimos <strong>de</strong> títulos), <strong>de</strong> renda variável (operações a vista, termo,<br />
opções, futuros e empréstimo <strong>de</strong> títulos) e <strong>de</strong> títulos privados (operações a vista e <strong>de</strong> empréstimo <strong>de</strong> títulos), nos expõe <strong>de</strong><br />
forma importante, direta ou indiretamente, ao risco <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong>:<br />
Membros <strong>de</strong> <strong>com</strong>pensação, agentes <strong>de</strong> <strong>com</strong>pensação e corretoras participantes <strong>de</strong> nossas Clearings;<br />
Clientes <strong>de</strong> corretoras participantes <strong>de</strong> nossas Clearings; e<br />
Instituições participantes <strong>de</strong> nossa Clearing <strong>de</strong> Câmbio.<br />
O inadimplemento <strong>de</strong> obrigações <strong>de</strong> membros <strong>de</strong> <strong>com</strong>pensação, agentes <strong>de</strong> <strong>com</strong>pensação, corretoras, clientes <strong>de</strong> corretoras e<br />
<strong>de</strong> instituições participantes <strong>de</strong> nossa Clearing <strong>de</strong> Câmbio po<strong>de</strong> ter origem em eventos <strong>de</strong> falência, intervenção, liquidação<br />
extrajudicial, falta <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z e falhas operacionais, <strong>de</strong>ntre outros motivos fora <strong>de</strong> nosso controle.<br />
Embora nossas Clearings não possuam exposição direta ao risco <strong>de</strong> mercado, uma vez que não possuem posições liquidamente<br />
<strong>com</strong>pradas ou liquidamente vendidas nos diversos contratos e ativos liquidados, o inadimplemento <strong>de</strong> obrigações po<strong>de</strong> resultar<br />
em exposição ao risco <strong>de</strong> mercado associado a posições <strong>de</strong> terceiros, uma vez que nossas Clearings <strong>de</strong>vem assegurar a boa<br />
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