Formulário de Referência 2011 - BM&FBOVESPA - Relações com ...
Formulário de Referência 2011 - BM&FBOVESPA - Relações com ...
Formulário de Referência 2011 - BM&FBOVESPA - Relações com ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Formulário</strong> <strong>de</strong> <strong>Referência</strong> <strong>2011</strong> – BM&<strong>FBOVESPA</strong> S.A. - Bolsa <strong>de</strong> Valores, Mercadorias e Futuros (BVMF)<br />
Condições financeiras e patrimoniais gerais entre os exercícios sociais encerrados em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2010 e<br />
2009<br />
O ano <strong>de</strong> 2010 consolidou a retomada do crescimento da economia brasileira que <strong>com</strong>eçou a ser <strong>de</strong>senhado já no final <strong>de</strong> 2009<br />
e teve impactos claros na evolução dos volumes negociados em nossos mercados, <strong>com</strong> o volume médio diário negociado no<br />
segmento BM&F crescendo 64,7% e no segmento Bovespa 22,7%, em relação às médias <strong>de</strong> 2009.<br />
A melhora no <strong>de</strong>sempenho operacional traduziu-se em aumento <strong>de</strong> 25,7% da receita bruta da Companhia, <strong>de</strong> 29,9% do Lucro<br />
Líquido 2 e <strong>de</strong> 34,9% do EBITDA 3 , levando, também, ao aumento da Margem EBITDA 4 <strong>de</strong> 64,9% para 69,6%.<br />
O <strong>de</strong>sempenho do segmento Bovespa foi influenciado, principalmente, por dois fatores:<br />
a oferta pública <strong>de</strong> ações da Petrobras que afetou negativamente os volumes nos meses que antece<strong>de</strong>ram a operação<br />
e positivamente logo após a sua conclusão. Dada a relevância <strong>de</strong>ssa oferta, muitos participantes diminuíram o seu<br />
nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> à espera da sua conclusão, criando um efeito conhecido no mercado <strong>com</strong>o overhang;<br />
a recuperação no nível <strong>de</strong> preços das ações das <strong>com</strong>panhias negociadas. Embora o principal índice do mercado <strong>de</strong><br />
ações brasileiro, o Ibovespa, tenha subido 1,0% no ano, a pontuação média <strong>de</strong>sse índice foi 27,8% superior à <strong>de</strong><br />
2009.<br />
Já o crescimento dos volumes no segmento BM&F está atrelado, em especial, à evolução do grupo <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong><br />
juros em R$, cujo volume médio diário cresceu quase 100%. Referido crescimento está principalmente ligado ao aumento do<br />
crédito e à volatilida<strong>de</strong> relacionada às diferenças <strong>de</strong> opiniões <strong>com</strong> relação às <strong>de</strong>cisões do Banco Central do Brasil (Bacen) sobre<br />
a taxa básica <strong>de</strong> juros (Selic).<br />
A recuperação da BM&<strong>FBOVESPA</strong> em relação à crise financeira internacional <strong>de</strong> 2008/09 também po<strong>de</strong> ser ilustrada pela<br />
retomada das captações por meio <strong>de</strong> ofertas públicas <strong>de</strong> ações que atingiram nível recor<strong>de</strong> em 2010, o que colocou o mercado<br />
brasileiro <strong>de</strong> ações na 3ª posição entre os maiores do mundo em volume captado por meio <strong>de</strong> aberturas <strong>de</strong> capital e ofertas<br />
subsequentes das empresas já listadas. Esse recor<strong>de</strong> está diretamente relacionado <strong>com</strong> a operação da Petrobras.<br />
Por fim, após a conclusão do esforço inicial <strong>de</strong> integração das ex-BM&F e ex-Bovespa, em 2010 a Companhia intensificou seus<br />
esforços (i) no seu parque tecnológico, <strong>com</strong> um programa <strong>de</strong> investimentos que suportará o seu crescimento; (ii) no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> parcerias internacionais, <strong>com</strong> <strong>de</strong>staque para o acordo <strong>com</strong> o CME Group; (iii) na educação financeira, para<br />
elevar a penetração do mercado <strong>de</strong> capitais na classe média; (iv) na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fomento para aumentar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
empresas listadas; e (v) no <strong>de</strong>senvolvimentos <strong>de</strong> novos produtos.<br />
Condições financeiras e patrimoniais gerais entre os exercícios sociais encerrados em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009 e<br />
2008<br />
O ano <strong>de</strong> 2009 teve início em meio a um cenário <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> incerteza, no qual projeções pessimistas em relação ao futuro da<br />
economia mundial se renovavam a cada nova notícia ou dado divulgado ao mercado. Tal cenário foi resultado da mais aguda<br />
crise financeira mundial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 30, tendo início em 2008.<br />
Essa conjuntura impactou diretamente o <strong>de</strong>sempenho dos mercados administrados pela BM&<strong>FBOVESPA</strong>. No segmento Bovespa,<br />
verificou-se redução nos volumes negociados, resultante, principalmente, da queda no nível <strong>de</strong> preços das ações negociadas<br />
nesse mercado e da aversão a risco por parte dos investidores. Já no segmento BM&F, a contração no nível <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong><br />
crédito e, consequentemente, na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hedge, a aversão a risco e o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>salavancagem fizeram <strong>com</strong> que o<br />
volume <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong>rivativos negociados também caísse. Esse quadro <strong>com</strong> baixos volumes <strong>de</strong> negociação predominou<br />
durante a maior parte do primeiro semestre.<br />
Esses fatores levaram a uma queda <strong>de</strong> 3,3% no volume médio diário negociado no segmento BM&F e <strong>de</strong> 4,3% no segmento<br />
Bovespa em relação às médias <strong>de</strong> 2008, o que traduziu-se em queda <strong>de</strong> 6,2% da receita bruta da Companhia. Por outro lado, a<br />
redução <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas, que será <strong>com</strong>entada mais adiante, levarou a um aumento <strong>de</strong> 36,5% do Lucro Líquido e <strong>de</strong> 6,7% do<br />
EBITDA, <strong>com</strong> a Margem EBITDA subindo <strong>de</strong> 57,0% para 64,9%.<br />
Apesar do péssimo momento vivido pela economia mundial, o Brasil acabou se <strong>de</strong>stacando positivamente ao longo do ano e,<br />
diferentemente do que aconteceu em outros momentos <strong>de</strong> turbulência, o País foi um dos que menos sofreu <strong>com</strong> a crise<br />
internacional. O nível <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> da economia, apesar <strong>de</strong> ter caído, foi muito menos afetado do que a média mundial e o fluxo<br />
<strong>de</strong> investimento estrangeiro voltou a crescer rapidamente, provocando, inclusive, forte valorização do real perante o dólar<br />
norte-americano.<br />
2 Lucro Líquido atribuído aos acionistas da BM&<strong>FBOVESPA</strong>.<br />
3 EBITDA (Earnings before interest, taxes, <strong>de</strong>preciation and amortization) – Lucro antes <strong>de</strong> juros, impostos, <strong>de</strong>preciação e amortização.<br />
4 EBITDA dividido pela receita líquida.<br />
91