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Joao-Barone-1942

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porte seriam gigantescos, diametralmente opostos ao tamanho da Kriegsmarine.<br />

Considerar essa possibilidade era um enorme devaneio, apenas justificado pela<br />

total ausência de um sistema defensivo na costa brasileira, sem navios, aviões e<br />

contingente de homens suficiente para vigiar, rulhar e defender o extenso litoral de<br />

um desembarque do gênero. Ainda na época, grandes operações navais de<br />

desembarque não haviam sido efetuadas, tanto pelos Aliados quanto pelos alemães.<br />

2. Se os alemães realizassem um ousado desembarque aerotransportado, cruzando o<br />

Atlântico: isso também era absolutamente impossível, uma vez que o avião que<br />

transportava os paraquedistas alemães — o lendário cargueiro faz-tudo Junkers Ju-<br />

52 — não tinha alcance para uma travessia desse porte. Ademais, não haveria<br />

apoio naval, aéreo ou terrestre necessário para tal empreitada. Logo após o começo<br />

da guerra, as operações aerotransportadas dos Fallschirmjäger (paraquedistas)<br />

alemães, seriam restritas a ações terrestres por ordem direta de Hitler, depois do<br />

grande número de baixas sofridas durante a tomada da ilha de Creta.<br />

3. Se os alemães lançassem ataques aéreos nas cidades litorâneas e em pontos<br />

estratégicos na costa do Nordeste brasileiro — cenário também pouco provável,<br />

mesmo se os alemães tivessem disponíveis esquadrilhas de bombardeiros pesados<br />

e de longo alcance — um aspecto que deu grandes limitações à Luftwaffe (Força<br />

Aérea alemã durante a Segunda Guerra). Alguns analistas militares Aliados já<br />

tinham noção de que a ausência desse tipo de aeronave era motivo de<br />

preocupações e críticas dos oficiais da Força Aérea alemã, que confrontavam seu<br />

comandante, Hermann Göring. O único bombardeiro alemão fabricado em larga<br />

escala era o bimotor médio Heinkel He 111-H , incapaz de atravessar o Atlântico.<br />

Sobre esse aspecto, vale mencionar o sério desentendimento que a Luftwaffe tinha<br />

com a Marinha alemã, o que privou o uso de aviões que ajudariam enormemente<br />

nas operações em conjunto com a força de submarinos. O avião adequado para<br />

essa missão era o quadrimotor Focke-Wulf Fw 200C Condor — um dos poucos<br />

quadrimotores fabricados pelos alemães, que não chegou a trezentas unidades.<br />

Concebido como avião comercial de grande autonomia, também usado pelo<br />

Sindicato Condor na América do Sul, o Fw 200 Condor foi adaptado para rulha e<br />

eventuais bombardeios navais, embora sua estrutura não permitisse carregar muitas<br />

bombas, sobrevoando vastas áreas sobre os mares do Atlântico Norte e

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