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Joao-Barone-1942

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prato inventado no Brasil, sem nada ter a ver com a região do Piemonte, onde fica<br />

Turim e a igreja do Santo Sudário, uma das mais intrigantes relíquias da religião<br />

católica. Da mesma forma, a mundialmente conhecida pizza não tem nada a ver com<br />

Pisa, cidade famosa pela torre inclinada, onde nasceu Galileu. Se fôssemos citar os<br />

inúmeros vultos históricos dessas cidades italianas na rota da FEB, como<br />

Michelangelo, nascido em Caprese (que também é nome de uma salada de tomate e<br />

mozarela!), que fica na comuna de Arezzo, e Leonardo da Vinci — nascido ao lado<br />

do maior centro de propagação do Renascimento, Florença —, seria preciso escrever<br />

outro livro.<br />

O capítulo sobre a produção vinícola da Toscana também é extenso, com alguns<br />

dos melhores expoentes dos vinhos italianos, como os tintos Chianti e Brunello de<br />

Montalccino, feitos com a nobre uva sangiovese. Os brancos da região são<br />

produzidos com base na uva trebbiano. A região é realmente forte na tradição<br />

culinária e vinícola. Não foi à toa que, durante a guerra, enquanto foi possível, os<br />

alemães trataram de roubar para o Reich tudo que os italianos dispunham de<br />

precioso nessa rica região, desde comida até obras de arte.<br />

Em abril de 2009, um grupo de entusiastas da história da FEB foi criado para<br />

realizar um antigo sonho: viajar até os lugares por onde os pracinhas brasileiros<br />

lutaram na Itália. Era o Grupo Histórico FEB — 6 o escalão, numa alusão ao fato de o<br />

Brasil ter enviado apenas cinco escalões para a Itália durante a guerra. Formado por<br />

25 integrantes, o grupo percorreu os sítios e localidades nos quais ocorreram as<br />

ações dos brasileiros em combate, assim como participou das diversas homenagens<br />

feitas em honra aos pracinhas, que são até hoje calorosamente lembrados e<br />

reverenciados pela população de todos os lugares por onde passaram. Praças, ruas e<br />

monumentos receberam nomes e referências aos brasileiros da FEB, considerados na<br />

memória local como “liberatori” (libertadores) do povo italiano.<br />

O Grupo Histórico FEB saiu do Brasil levando dois jipes originais da Segunda<br />

Guerra, embarcados por via aérea, ambos com as marcações do Cruzeiro do Sul,<br />

usadas pelas forças brasileiras. Um deles, já “veterano” das areias da Normandia, era<br />

o mesmo jipe que eu havia levado para as filmagens realizadas em 2004. Para essa

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