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Joao-Barone-1942

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Porretta Terme, Collecchio, Fornovo, Stafolli, Livergnano e Parma, em todas essas<br />

localidades houve uma sessão solene em homenagem aos pracinhas brasileiros.<br />

Nessas ocasiões, nosso grupo entregou uma placa alusiva ao encontro a autoridades<br />

da comuna e ao sindaco, equivalente a prefeito no Brasil.<br />

O cemitério militar de Pistoia era o único do gênero na história militar brasileira.<br />

Ficava na área do quartel-general recuado da FEB, onde funcionavam vários<br />

serviços de intendência, saúde e comunicações, num terreno arrendado para sepultar<br />

os soldados brasileiros mortos, no final de 1944. Para lá foram removidos os mortos<br />

que já haviam sido enterrados em outros cemitérios da região. Depois que foi<br />

decidido que os restos mortais dos soldados brasileiros seriam repatriados e<br />

incorporados ao mausoléu do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial,<br />

no Rio de Janeiro, em 1960, o antigo cemitério militar foi transformado no<br />

Monumento Votivo de Pistoia — local de grande beleza, onde se encontra um único<br />

soldado desconhecido da FEB, enterrado sob a chama solene, acesa eternamente. O<br />

projeto, inaugurado em 1966, ficou a cargo do arquiteto brasileiro Olavo Redig de<br />

Campos, que usou elementos reconhecidos na moderna estética arquitetônica da<br />

recém-inaugurada capital brasileira, Brasília. Nesse monumento, nosso grupo<br />

promoveu outra emocionante homenagem, quando trocamos a Bandeira Nacional<br />

existente por uma nova, que trouxemos do Brasil. O administrador do local, Mário<br />

Pereira, italiano de nascimento, é filho do pracinha brasileiro Miguel Pereira, que<br />

ficou na Itália e se casou com uma italiana. Mário herdou do pai a missão de cuidar<br />

daquele lugar, com a mesma dedicação que ele mostrou durante décadas. Na<br />

pequena cerimônia da qual participamos, Mário nos relatou a respeito do orgulho<br />

que ele sente em hastear de manhã e recolher de tarde, todos os dias, a bandeira do<br />

Brasil que fica no mastro daquele monumento. Depois, plantamos uma árvore,<br />

depositamos uma coroa de flores e deixamos uma placa marcando nossa presença,<br />

afixada na ala principal. A lembrança da minha visita ao imenso cemitério americano<br />

na Normandia me veio à cabeça. Guardadas as devidas proporções, o nosso<br />

monumento de Pistoia, erguido em honra aos brasileiros que tombaram na Itália,<br />

não deixa nada a dever em termos emocionais, se comparado àquele tão conhecido<br />

campo solene dos americanos. Depois da emoção de ver o grande número de lápides

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